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terça-feira, 23 de julho de 2013

Efeito Lula: lentidão no trânsito de São Paulo cresce 50% e frota supera 7,3 milhões de carros

A qualquer hora – Se homenagem pudesse ser feita à incompetência, Luiz Inácio da Silva, o lobista de empreiteira, assumiu a dianteira e transformou-se na materialização de um dos piores defeitos do ser humano. Arrogante como qualquer falso gênio, Lula precisou de uma década para destruir uma nação, cuja economia cambaleia à beira do despenhadeiro, sem que alguém tenha coragem para falar em herança maldita.
No apagar das luzes de 2008, quando o então presidente pediu aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados, o ucho.info alertou para o perigo que rondava o País, pois a redução de impostos provocaria um efeito devastador. Sempre avesso ao contraditório, Lula ordenou à sua assessoria que nos acusasse de torcer contra o Brasil, como se esse discurso chicaneiro pudesse ser levado a sério.
Um dos alertas foi em relação à mobilidade urbana, que seria comprometida pela enxurrada de carros novos. Sempre insistindo em ser uma espécie de herdeiro de Aladim, Lula reduziu o IPI incidente sobre os automóveis, fazendo com que o sonho do carro novo gerasse uma legião de inadimplentes.
Não bastasse o endividamento burro e irresponsável, Lula conseguiu a proeza de piorar o trânsito nas grandes cidades brasileiras. Em São Paulo, maior município do País, a lentidão no trânsito não tem hora e nem dia. A qualquer momento depara-se com congestionamentos, sem que o motorista tenha alternativas para escapar.
Para se ter ideia do caos em que se transformou a capital dos paulistas, há na cidade 64,7 carros para cada 100 habitantes, de acordo com dados oficiais. Vinte e dois anos antes, a proporção era de 36 carros para cada 100 habitantes. Nesse período, a população cresceu 19%, enquanto a frota de carros mais que dobrou, chegando a incríveis 7,3 milhões de unidades, em 2012.
Eleito para governar a quarta maior cidade do planeta, Fernando Haddad, o fantoche de Lula, ainda não mostrou a que veio. Mesmo parecendo que não tomou posse, Haddad tem apresentado soluções pífias para a mobilidade urbana. Há dias, a prefeitura criou faixas exclusivas de ônibus na Avenida Paulista e na Marginal do Tietê, como se o transporte público fosse de qualidade e atendesse as necessidades da população.
Na verdade, o que Fernando Haddad conseguiu foi piorar o trânsito em uma cidade que é marcada pelo transporte privado. Como sempre afirma o ucho.info, os petistas desconhecem o mais raso significado da palavra “planejamento”. Querer alterar o modal de transporte da cidade de São Paulo a fórceps e da noite para o dia é ser insensível e reconhecer a própria burrice.
Como disse certa vez o profético Lula, um irreverente comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.
 Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=72179

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Milhares de brasileiros compraram carros inseguros em 2012

Afirmação do Latin NCAP revela que 450 mil veículos mal avaliados em seus testes foram vendidos na América Latina

Thiago Vinholes

A segurança veicular passou a ser um assunto mais sério na América Latina desde que o Latin NCAP começou a pôr à prova os veículos à venda nessa região, em 2012. A instituição é o braço latino-americano do Euro NCAP, o mais importante e respeitado órgão de avaliação sobre segurança em automóveis no mundo.
Segundo pesquisa da instituição, a América Latina consumiu em 2012 mais de 450 mil carros que oferecem risco de morte no caso de acidentes, a maior parte no Brasil, maior mercado da região. “Esses carros conquistaram um ou nenhuma estrela nos crash-tests. São na maioria o primeiro veículo de muitas famílias”, explicou Alejandro Furas, diretor técnico do Global NCAP, no comunicado.
Na nota que avisa sobre a próxima bateria de testes, cujos resultados serão divulgados dia 24 de julho no México, o Latin NCAP também divulgou que vai aumentar os critérios de avaliação para os carros à venda em países na América Latina a partir deste ano até 2015.
 Na classificação do Latin NCAP, os carros que oferecem riscos são modelos como o Chevrolet Celta, Fiat Palio, Ford Ka, JAC J3, Peugeot 207, VW Gol, Renault Sandero, entre outros. Todos esses carros, com exceção do J3 importado da China, são produzidos no Brasil.
Novos critérios
Veículos antes classificados com apenas uma estrela em segurança agora terão pontuação zero, segundo os novos critérios de avaliação do Latin NCAP. A intenção da instituição com as novas regras é ser mais incisivo e claro ao separar os veículos que oferecem uma segurança ruim dos que têm condições aceitáveis.
“Se no crash-test de determinado carro for registrada alguma lesão que apresente risco de vida ao ocupante, a pontuação automaticamente será de apenas uma estrela. Esse critério será considerado nos testes a partir deste ano até 2015”, contou Furas.
Alcançar a pontuação máxima de cinco estrelas também será mais difícil, adiantou o Latin NCAP. Para isso, o veículo avaliado terá de conseguir boas notas em testes de impacto frontal, choques laterais e terão de ser equipados com alerta sonoro de cinto de segurança e sistema de freios ABS com quatro canais, tecnologia que permite a instalação do controle eletrônico de estabilidade. Até o momento nenhum automóvel testado na região conseguiu uma nota superior a quatro estrelas.


domingo, 2 de junho de 2013

Número de mortes em acidente com moto sobe 263,5% em 10 anos

Em 2011, foram 11.268 vítimas fatais no país, segundo Ministério da Saúde.
Frota de motocicletas aumentou 300% entre 2001 e 2011.


  Motociclista Marcelo Geraldo César faz tratamento no Hospital das Clínicas, em SP (Foto: Caio Kenji/G1)

O número de mortes em acidentes de trânsito com motos no Brasil aumentou 263,5% em 10 anos, segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), criado pelo Ministério da Saúde. Em 2011, foram 11.268 mortes no país, contra 3.100 usuários de motos mortos em 2001. O Ministério da Saúde informa que os dados de 2011 são os mais recentes disponíveis, visto que o processo de registro de óbito é demorado, levando até dois anos para contabilizar todos os casos.
O salto no número de vítimas fatais em acidentes com motos é bem maior que o aumento do número de mortos por acidentes de trânsito em geral, que envolve carros, motos, caminhões, ônibus, pedestres. Em 2011, foram 42.425 mortes contra 30.524 registradas em 2001 – alta de 39%.
No mesmo período, a frota brasileira de veículos de duas rodas aumentou 300%, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares (Abraciclo), com base em números divulgados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A quantidade de motos emplacadas no Brasil saltou de 4.611.301 unidades, em 2001, para 18.442.413, em 2011.
Fator humano
Especialistas ouvidos pelo G1 apontam o despreparo de motociclistas e motoristas de carro como as principais causas de  acidentes, apesar de não haver pesquisas mais precisas sobre seus motivos no Brasil.
"O fator humano está presente em grande parte, além do crescimento rápido da frota. Existe também a falta de habilitação, ignorância sobre regras de segurança, não uso de equipamentos e imprudência associada com falta de políticas de transporte adequadas para o uso da motocicleta no trânsito do país", aponta Júlia Greve, coordenadora do HC em Movimento, um programa de prevenção de acidentes do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Especialista em fisiatria, atividade que faz o tratamento de pessoas com capacidade funcional limitada, Júlia trabalha no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do HC, o principal centro público para o tratamento de vítimas de acidentes com motos do Brasil. Segundo os médicos do hospital, a maioria das mortes de motociclistas é motivada por lesões na cabeça. Ao instituto são encaminhadas as vítimas sem ferimentos internos, com foco no tratamento ósseo, muscular e de articulações.
Afastado do trabalho
Usuário de motos há mais de 15 anos, Marcelo Geraldo César, de 46 anos, faz tratamento desde 2011 no HC, após sofrer uma queda. "Estava em uma via de mão dupla quando apareceu um carro com farol de xênon. Com a luz nos olhos não vi nada e acabei batendo em um caminhão que estava estacionado", explica César, que está afastado do trabalho de prensista devido a sequelas do acidente.
Ele diz que buscou na moto uma alternativa para o transporte público falho. "Meu trabalho ficava a 25 km de casa e não tinha como ir de ônibus, pois era muito fora de mão", relata o baiano radicado em São Paulo. "Fazia este percurso há mais de dez anos e nunca aconteceu nada".
Ainda tentando se recuperar de lesão que comprometeu os movimentos da mão direita, ele afirma que não vai deixar de andar de moto. "Quem anda de moto é igual a peão de rodeio: mesmo caindo, não tem como abandoná-la", diz. “Não me arrependo de andar de moto, porque nunca fui imprudente. Não sou de abusar e andar correndo."

Internações custam R$ 96 milhões
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2011 houve 155.656 internações por acidentes de trânsito, com custo de R$ 205 milhões. Os acidentes de moto corresponderam a 77.113 delas, totalizando gasto de R$ 96 milhões.
Médico do IOT e também coordenador do HC em Movimento, Marcelo de Rezende afirma que que 44% dos atendimentos no pronto-socorro do HC são de motociclistas.
Segundo ele, o atendimento rápido da vítima é crucial. "Normalmente, o indivíduo chega ao local e fica esperando para fazer o tratamento, pois nem sempre existe um especialista para seu caso. A rapidez no atendimento traz menos infecção, recuperação mais rápida e menor quantidade de sequelas", esclarece Rezende.
Para o médico, o motociclista não vê a situação de risco e 80% dos acidentados dizem que não tiveram culpa. O motoboy Marcelo Tognini, outro que está em tratamento no HC, foge dessa regra: "A culpa foi minha, não vi o carro e bati nele".
Com 10 anos de profissão, Tognini sofreu uma fratura no fêmur após queda com a moto. Este foi seu acidente mais grave, de três que já teve. Apesar da lesão severa, também não pensa em deixar a moto. "A moto fez tudo em minha vida, estava em uma fase ruim que não conseguia emprego. Não quero morrer em cima de uma moto, mas com certeza vou continuar andando", explica.
O médico Rezende também é motociclista, com 29 anos de experiência. "É um transporte mais perigoso, sem dúvida. Quem quiser utilizá-lo tem de fazer uma direção defensiva. São vários conceitos, desde a velocidade que se deve andar até o local".
Perfil dos acidentados
"A maioria dos acidentados vem de uma classe baixa economicamente, tem de 18 a 30 anos e cerca de 50% usa a moto como meio de transporte", diz Rezende, traçando um perfil dos motociclistas atendidos no HC.
Ao divulgar os dados do primeiro trimestre deste ano para os pagamentos do seguro obrigatório (DPVAT), a Seguradora Líder, que administra o serviço, voltou a apontar as motos como primeiras colocadas no ranking nacional, chamando o dado de "preocupante" porque esse tipo de veículo corresponde a apenas 27% da frota brasileira.
Em 2012, as motos já haviam liderado as solicitações do DPVAT no país, com 69% do total, ficando à frente de carros (25%), caminhões (4%) e ônibus (2%).

O Nordeste foi a região com maior quantidade de pagamentos no ano passado, correspondendo a 29% do total, superando Sul (28%) e Sudeste (25%). O crescimento do uso de motocicletas no Nordeste é apontado como fator responsável pela alta de solicitações do DPVAT.
Trânsito no Corredor Norte-Sul na tarde desta quinta-feira  (Foto: J. Duran Machfee/Futura Press/Estadão Conteúdo)Motos no corredor em São Paulo
(Foto: J. Duran Machfee/Futura Press/
Estadão Conteúdo)
"Cerca de 30% de nossos atendimentos são de fora do estado de São Paulo. Não existem centros como este para tratamento especializado espalhados pelo país", diz o médico Rezende sobre o Instituto de Ortopedia do HC-SP. Raílson Mesquita Tavares, de 30 anos, veio do Amazonas para tratar a mão no local. "Um pedestre bêbado atravessou minha frente e acabei caindo", explica.
Polêmica do corredor
Para a médica Júlia Greve, o deslocamento de motos nos chamados "corredores", o espaço entre entre duas filas de outros veículos, é agravante nos acidentes. "Principalmente na velocidade em que se anda quando os outros veículos também estão em movimento", opina.
De acordo com o Denatran, o artigo que previa a proibição de motos no corredor foi vetado em 1997 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Apesar de não ser ilegal o uso do corredor, o órgão alerta que as motos devem seguir as regras de circulação geral de todos veículos e que deixar de guardar distância de segurança, lateral ou frontal, de outro veículo pode ser interpretado com infração e o usuário pode ser multado, o que, na prática, não se observa nas ruas brasileiras.
"Se o corredor for proibido vai aumentar o número de mortes de motociclistas. Sem mencionar o caos no tráfego urbano", afirma André Garcia, instrutor de pilotagem, advogado e especialista em gestão de trânsito.
"No Brasil, o motociclista é marginalizado pelo próprio estado. Se em países como França, Itália, Espanha a motocicleta é vista como um importante veículo para tornar eficaz a política de mobilidade, o Brasil caminha na contramão", acrescenta.
Na Europa, apesar de algumas vias serem restritas à circulação de motos no corredor, o ato é comum na Itália, França e Espanha. Nos Estados Unidos, onde as leis de trânsito são diferentes em cada estado, o chamado "lane splitting" é permitido apenas na Califórnia. Apesar do endurecimento americano para a circulação nos corredores, muitos estados não obrigam todos os motociclistas a usar capacete.

Reais causas
Em busca de respostas para as causas dos acidentes de motos no Brasil, o Hospital das Clínicas de São Paulo e a Abraciclo trabalham em projeto para analisar os motivos específicos dos acidentes. A pesquisa envolve a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP) e as polícias Civil e Militar, com um investimento de R$ 420 mil por parte das fabricantes de motocicletas associadas.
O levantamento é feito em área da Zona Oeste de São Paulo e conta com a participação de funcionários do hospital no momento das internações. De acordo com os fabricantes de motos, a pesquisa está em fase final de apuração e será divulgada até o final do ano.


ACIDENTES COM MOTOS NO BRASIL
Ano Frota de motos Mortes com motos Total de mortos no trânsito
2001 4.611.301 3.100 30.524
2002 5.367.725 3.744 32.753
2003 6.221.579 4.271 33.139
2004 7.123.476 5.042 35.105
2005 8.155.166 5.974 35.994
2006 9.446.522 7.126 36.367
2007 11.158.017 8.078 37.407
2008 13.084.099 8.898 38.237
2009 14.695.247 9.268 37.594
2010 16.500.589 10.825 40.610
2011 18.442.413 11.268 42.425
Fontes: Denatran e Ministério da Saúde