Tudo combinado – A farsa em que se transformou o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff,
feito na última sexta-feira (21) em cadeia de rádio e televisão, ganhou
o primeiro capítulo de um enredo que é marcado pela mitomania.
Dilma disse que abriria espaço em sua agenda para conversar com
representantes dos manifestantes, que nas últimas duas semanas tomaram
as ruas do País, mas tudo não passa de mais um embuste com a chancela do
Partido dos Trabalhadores. A presidente receberá em palácio, nesta
segunda-feira (24), os líderes do Movimento Passe Livre, grupo de
esquerda radical que está vinculado a uma ONG que recebe dinheiro do
governo federal. Ou seja, Dilma não quer ouvir a voz rouca das ruas,
como disse diante das câmeras.
Entre o que Dilma prometeu durante a leitura do pronunciamento
escrito pela equipe do marqueteiro João Santana e a capacidade de
realização do governo há uma enorme distância. Qualquer ação para
atender às reivindicações dos brasileiros descontentes demorará entre
três a cinco anos para ter algum efeito. O que a atual inquilina do
Palácio do Planalto quer é continuar enganando a opinião pública até a
eleição de 2014, o que lhe permitiria alimentar o sonho da reeleição,
que pode ter se transformado em um irreversível pesadelo.
Receber no Palácio do Planalto os líderes do Movimento Passe Livre
será um enorme equívoco, pois o grupo focou os protestos apenas na
redução das tarifas de tarifas de transportes, ação encomendada para
desestabilizar politicamente o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin. O
MPL deixou as manifestações logo após a revogação do aumento das tarifas
em São Paulo, mas os protestos continuam. O que mostra que essa decisão
da presidente poderá incendiar ainda mais os manifestantes.
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