Basta boa vontade – Uma das ações anunciadas pela presidente Dilma
Rousseff para combater a corrupção – alvo das reivindicações dos
protestos que tomam o País –, o projeto “Ficha Limpa no Executivo” foi
aprovado na Câmara dos Deputados há um ano. Trata-se da PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) 11/2011, de autoria do deputado federal Sandro
Alex (MD-PR), que recebeu sinal verde da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Casa, em junho de 2012, e aguarda a instalação de uma
comissão especial para continuar tramitando.
A PEC, que precisa ser aprovada em dois turnos pelos plenários da
Câmara e do Senado, estabelece que pessoas consideradas inelegíveis pela
Justiça Eleitoral não poderão ocupar cargos de ministro de Estado,
secretário-executivo de ministérios ou demais órgãos da administração
direta, funções comissionadas, exercidas por funcionários efetivos,
cargos e empregos de livre nomeação nas autarquias, fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista. “Se uma pessoa não pode se
candidatar a cargos eletivos também não deve poder ocupar cargos
públicos”, salienta Sandro Alex.
Sociedade
O deputado Sandro Alex justificou a apresentação da proposta alegando
que “a exigência da probidade e da moralidade para o exercício de
funções e cargos públicos vem ganhando grande atenção da sociedade
brasileira, cada vez mais indignada com a corrupção”. Ele ressaltou que a
Lei da Ficha Limpa veio de iniciativa popular e, por isso, a sua
extensão atende à cidadania.
A lei impediu a candidatura de pessoas condenadas em decisões judiciais,
mesmo sem trânsito em julgado. Também ficaram inelegíveis aqueles que
renunciaram a mandatos para fugir de processos de cassação de direitos
políticos. “O que nos levou a apresentar essa Proposta de Emenda à
Constituição foi a constatação da existência de um paradoxo jurídico:
ser candidato não pode, mas ser ministro de estado, por exemplo, pode?”
Para Sandro Alex, se não se admite a presença, no poder, de pessoas
cujo passado as desabone, mesmo que alicerçadas no voto popular, “parece
ser lógico e necessário impedir o acesso a cargos importantes da
República daqueles que nem mesmo foram votados para exercer aquela
função e que ali se encontram apenas por serem aliados do governo na
ocasião”.
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