Sem limites – Enquanto as discussões sobre os atos de vandalismo
cometidos por integrantes do Movimento Passe Livre – grupo que tem
protestado contra o aumento das tarifas de transporte público (ônibus,
metrô e trem) em São Paulo – ocupam o noticiário, a falta de segurança
que toma conta da maior cidade brasileira não pode ser esquecida pelas
autoridades, começando pelo governador Geraldo Alckmin.
A insegurança na capital paulista chegou a tal ponto, que para
garantir uma noite de suposta tranquilidade no Dia dos Namorados o
governo aumentou o número de policiais nas ruas da cidade, como forma de
minimizar a ação dos bandidos que se especializaram na modalidade de
crime que ficou conhecida como “arrastão”. A medida surtiu efeito, mas é
preciso que não seja pontual. Autoridades da área de segurança pública
garantem que os policiais continuarão nas ruas, mas é preciso aguardar
alguns dias para saber se isso é verdade.
Para se ter ideia do ponto em que chegou a insegurança, sair com o
telefone celular em São Paulo tornou-se uma situação de risco. Nos
últimos dias, muitas pessoas foram alvo de criminosos que simplesmente
arrancam das mãos das vítimas os equipamentos. Esse tipo de ação tem
sido comum nos bairros onde concentra-se a população de maior poder
aquisitivo e acontece em questão de segundos.
Há dias, nos Jardins, uma jovem falava ao celular diante do prédio
onde mora, em rua de grande movimento, quando um motoqueiro avançou
sobre a calçada e levou o aparelho. A poucos metros do local do crime
quase sempre existe uma viatura da Polícia Militar estacionada, mas nem
isso tem intimidado os criminosos.
Circular pela cidade de São Paulo exige do cidadão atenção redobrada,
em especial dos motoristas. Ao ver uma motocicleta com algum tipo de
acessório dificultando a leitura da placa – normalmente os bandidos
utilizam imãs de geladeira – esteja certo que se trata de um criminoso.
Voltando à questão dos celulares, que têm gerado reclamações
generalizadas e em número cada vez maior, para completar o cenário de
caos a telefonia no Brasil é de péssima qualidade e frequentemente
obriga os usuários a se debruçarem nas janelas dos edifícios em busca de
melhor sinal.
Se nada for feito para reverter a situação como um todo, em breve os
orelhões voltarão a ser o objeto do desejo de muitos brasileiros.
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