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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Polícia Federal ataca finanças do PCC

Por Vasconcelo Quadros - iG São Paulo

Apreensões de toneladas de cocaína criaram prejuízos de 50 milhões de reais para a facção criminosa em seis meses

A Polícia Federal descobriu que o Primeiro Comando da Capital (PCC), a organização que controla os presídios, vem erguendo um verdadeiro império financeiro através do tráfico de cocaína em São Paulo. O maior sintoma desse poderio pode ser medido pela estatística: em seis meses de investigação, entre janeiro e junho deste ano, foram apreendidas sete toneladas e meia de cocaína no estado cujo valor de atacado no mercado das drogas _ onde o preço médio é de R$ 10 mil o quilo _ chega a R$ 75 milhões.

AE
Incrições que ligam os criminosos ao PCC foram pichadas em um dos cômodos da casa incendiada
Como parte da droga apreendida é a pasta base da cocaína, comercializada a um valor menor que o do cloridrato _ quando ela está pronta para o consumo _, o rombo nas finanças da organização só na perda do “produto” que alimenta a organização é estimado em cerca de R$ 50 milhões.
Isso significa dizer que as quadrilhas envolvidas com a compra e distribuição no atacado movimentam finanças equivalentes ao capital de giro de empresas de médio porte. Em cada operação, além das prisões, a polícia tem apreendido e confiscado todos os bens em poder dos criminosos, o que aumenta os prejuízos.  
“O que move a quadrilha são negócios”, afirma o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon Filho.
Desde que o Ministério da Justiça e o governo paulista fecharam um acordo de cooperação, iniciado em novembro do ano passado, os órgãos policiais centraram foco para combater o PCC naquilo que é vital para sua existência: as finanças, minadas através das apreensões de drogas.
Também estão quebrando o fluxo financeiro alimentado pela lavagem de dinheiro e as ações violentas fora das prisões que, só no ano passado, como consequência da guerra entre PCC e Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) resultaram na morte de dezenas de criminosos e mais de noventa policiais militares.

Até o final do ano passado, mesmo diante do evidente avanço da organização no controle dos presídios, o governador Geraldo Alckmin e os órgãos de segurança paulistas (Secretaria de Segurança e Secretaria de Administração Penitenciária) procuraram negar a existência do PCC.
Em 20 anos, no entanto, a quadrilha se expandiu de tal forma que atualmente não só detém a maior fatia do mercado do tráfico de drogas, como também estendeu seus tentáculos lavando dinheiro no crime em atividades legais (como o transporte) e se infiltrando discretamente nas estruturas políticas de municípios da Grande São Paulo.
HÉLIO TORCHI/AE/AE
Armas apreendidas nem blitz em SP
Representante da Polícia Federal na força tarefa organizada com a criação da Agência de Atuação Integrada _ grupo de inteligência onde têm assento também as polícias militar, civil e rodoviária federal, as secretarias de Segurança e de Administração Penitenciária, Receita, Banco Central e outros órgãos de controle _, o delegado Roberto Troncon alerta que o PCC não deve ser mitificado e nem ignorado. A quadrilha tem poder financeiro e de fogo e se infiltrou na política penitenciária.
“A pregação de que tudo é em prol da causa carcerária é papo furado”, afirma o superintendente da PF. “Eles têm capilaridade dentro dos presídios, mas seus líderes estão presos em estabelecimentos de segurança máxima. Mesmo assim, por uma questão de legalidade, não é possível mantê-los em completa incomunicabilidade. A quadrilha alimenta-se de criminosos iniciantes, cooptáveis, mas sua influência é exercida mais pela mística do que pela realidade. No topo, os líderes são capitalistas e se utilizam do discurso contra o sistema carcerário para tocar seus negócios criminosos”, afirma o superintendente da PF.
A organização, segundo ele, tem o poder concentrado em dez líderes, conhecidos como “torres” _ todos eles cumprindo as penas mais longas do país em presídios paulistas _, presta uma espécie de serviço social aos detentos, mas cobra um alto preço a ser pago em forma de ações quando estes retornam às ruas. Para ele, é falsa a pregação ideológica por trás das ações assistencialistas nos presídios.
O caso mais exemplar da contrapartida exigida dos investimentos em operações de tráfico foi a matança de policiais, no ano passado, ordenada pela cúpula como retaliação as ações da Rota, mas executada pelo “baixo clero”, os criminosos que estão na base da organização, conhecidos na gíria como “piolhos”, envolvidos no varejo do tráfico.
O homem forte ainda é Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, preso atualmente na Penitenciária de Presidente Venceslau, o homem que dá a última palavra nas decisões mais importante. O PCC controla cerca de 90% da população carcerária paulista, estimada em 200 mil detentos, mas seus líderes gerenciam esquemas distintos, cada um com sua “filial”, com investimentos e cobrança de resultados.
Nessas relações financeiras que permeiam o crime organizado a garantia é a palavra que, uma vez rompida, paga-se com a vida. É isso que explica, segundo a polícia, a eventual alternância entre o tráfico e os crimes contra o patrimônio: sempre que a polícia impõe algum prejuízo de monta ao grupo em grandes apreensões, descapitalizado, o perdedor parte para um grande assalto a banco ou carro forte para devolver o dinheiro emprestado. “Não tem título protestado”, diz o delegado.
Firmado no dia 12 de novembro do ano passado, depois da demissão do ex-secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto durante choque com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o acordo que gerou a agência de inteligência integrada mudou a política de repressão ao PCC. Os confrontos ostensivos passaram a ser precedidos de ações de inteligência voltadas para a economia da quadrilha.
No combate ao tráfico os resultados podem ser percebidos na apreensão recorde no primeiro semestre de 2013, sempre com grandes volumes apreendidos de cocaína: 1.079 quilos em janeiro, 975 em fevereiro, 1.146 em março, 810 em abril, 1.886 em maio e algo em torno de 1.700 em junho. O que dá ares surreais é que as operações são ordenadas ou geridas de dentro das cadeias.
Como o PCC tem capilaridade nacional e as operações de tráfico têm sempre estrutura em outros estados e nos países produtores de cocaína (a Bolívia é o maior exportador da droga que chega ao Brasil), as investigações desencadeadas em São Paulo também têm reflexos no montante de cerca de 17 toneladas apreendidas no país, em cuja estatística estão incluídas as sete toneladas e meia confiscadas em São Paulo.
A integração entre os órgãos de segurança, possível depois que a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin, finalmente, se entenderam numa ação comum para atacar o crime organizado, é a novidade mais saudável na política de segurança do país. Com ela as polícias aperfeiçoaram a repressão. “Estamos descapitalizando e desmantelando o crime organizado”, afirma o delegado Troncon.
 

sábado, 6 de julho de 2013

Petistas e outros adversários ofendem Joaquim Barbosa com racismo, ódio e insultos

Militantes petistas, simpatizantes e outros envolvidos na aversão ao ministro Joaquim Barbosa foram flagrados disseminando ódio, ofensas e racismo nas redes sociais. Ainda que isto não represente toda a parcela de envolvidos no Partido dos Trabalhadores (PT), a ação implicou severas críticas a estas posições.
 Joaquim Barbosa no STF. Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Tais animosidades devem-se à postura intransigente e vigorosa de Joaquim Barbosa no tratamento do processo a respeito da quadrilha responsável por desvio de dinheiro público e compra de votos, no que ficou conhecido como "mensalão".


Entre as ofensas, destacam-se: "Negro covarde", "Canalha", "tá parecendo aqueles negros que o dono da senzala escolhia para surrar os próprios negros no pelourinho", "salafrário", "animal da pior espécie", "pregador de golpe", comparações com Idi Amin Dada (ditador genocida africano), "golpista posando de moralista", "inútil que deveria estar em porta de cadeia", "capitão do mato da casa-grande que se ilude achando que os coroneis o aceitam como um dos seus", "capitão do mato que se acha popstar", "capitão do mato do Coronel Gilmar Mendes", "vadio que só está lá por causa do Lula", "comprado pela direita", entre outros. Foram feitas screenshots pelo grupo Implicante. Confira abaixo:
 
 
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O verdadeiro Che Guevara – e os idiotas úteis que o idolatram

Lançando mão de muitas fontes bibliográficas e orais, especialmente de ex-companheiros de Guevara, Fontova relata, de maneira impiedosa e irônica, como o argentino, muito longe do homem perfeito idealizado pela mitologia esquerdista, era uma pessoa ressentida, vingativa, incompetente e responsável direto pelo assassinato de centenas de pessoas absolutamente inocentes de qualquer tipo de crime.
 
Vindo de uma desestruturada família burguesa argentina simpatizante do comunismo, Guevara seria considerado, sob qualquer aspecto, um vagabundo, um andarilho perdido no mundo. Seu envolvimento com exilados cubanos no México após uma passagem pela Guatemala acabou levando-o para aventuras em Cuba, no seio do movimento armado contra o ditador Fulgêncio Batista.
 
A luta contra Batista é um capítulo a parte, que revela muito do modus operandi de Guevara e Fidel Castro. Diferente do senso comum, segundo o qual Batista foi derrotado por uma série de intensas batalhas movidas por guerrilheiros audaciosos, o que menos houve na derrocada de Batista foi luta armada. Castro operava, sobretudo, no terreno da propaganda, angariando dinheiro em grande quantidade, especialmente das elites cubanas, cansadas do regime de Batista, e as simpatias internacionais, em particular nos Estados Unidos, através da mídia que se encarregou de forjar a imagem de valorosos revolucionários para Fidel Castro e Che Guevara – que, aliás, nessa época era apenas mais um dentre vários colaboradores da revolução.
 
O regime de Batista caiu principalmente pela corrupção de suas forças, que aceitavam dinheiro de Fidel Castro para retirar-se sem luta, cansaço das elites cubanas e dos americanos em tolerar os métodos de Batista, e, em especial, a crença em que Castro e seus homens eram realmente democratas e honestos em seus objetivos.
 
Após a vitória na luta contra Batista, em pouco tempo a verdadeira face do regime revelou-se: violência, assassinatos, tortura e prisões. E Guevara teve papel fundamental nisso.
Neste ponto, Fontova faz uma clara distinção entre Castro e Guevara. Enquanto Fidel Castro era muito mais hábil, utilizando a violência como meio para atingir um fim, Guevara parecia ver na brutalidade e assassinatos um fim em si mesmo. Guevara acreditava que a “violência revolucionária” – leia-se, a morte sem piedade de todos os inimigos, reais ou imaginários – era a melhor forma de controlar o poder. Assim, desde o começo, Guevara ligou-se ao aparato repressivo do bloco soviético, transportando seus métodos para o cenário cubano.
 
Talvez o mais chocante para os fás de Guevara que por ventura lerem o relato de Fontova, seja a imensa distância sobre o significado que lhe é atribuído – um ícone da liberdade e igualdade – e sua real figura. Assim, um homem que é cultuado por líderes de minorias raciais, hippies, alternativos e jovens, tinha, na verdade, uma mentalidade racista, patriarcal, despótica e arrogante, desprezando negros, jovens, “cabeludos”, música – enfim, tudo aquilo que, dizem as esquerdas e desinformados em geral, Guevara simbolizaria.
 
Humberto Fontova mostra como essas e muitas outras incoerências foram e ainda são resultado do verdadeiro caso de amor que existe entre os meios intelectual e midiáticos, especialmente o norte-americano, e a ditadura de Fidel Castro, citando por exemplo o jornal New York Times, que repetiu com Castro exatamente o que já tinha feito, na década de 1930, encobrindo os crimes do regime de Stalin. [*]
 
A imensa incompetência de Guevara a frente do ministério da economia destruiu a infraestrutura cubana, desorganizando até hoje um dos países mais prósperos das Américas, levando o caos e a miséria a uma população cristã e orgulhosa, favorecendo sua submissão ao projeto de poder totalitário ambicionado por Fidel Castro. A este respeito, o autor mostra com números e informações detalhadas como Cuba era econômica e socialmente antes da chegada ao poder de Castro e Guevara e como ficou depois.
 
O livro revela episódios pouco conhecidos, como o envolvimento de Guevara em uma série de atentados terroristas frustrados nos EUA, logo após a chegada ao poder em Cuba, época em que os americanos ainda tinham ilusões quanto aos objetivos de Fidel Castro; o real significado da Crise dos Mísseis – que funcionou como um “sinal verde” para Castro impor seu regime totalitário a Cuba, já que teve a garantia dos EUA de que sua ditadura não seria incomodada –; a chamada “invasão da Baía dos Porcos” e a dura repressão contra a revolta popular mantida durante metade da década de 1960 pela população rural cubana contra o regime de Fidel Castro, como reação à coletivização forçada.
 
As aventuras externas de Guevara, primeiro no Congo e depois na Bolívia, em missões militares permeadas de muita retórica revolucionária vazia e nenhuma competência até mesmo para assuntos práticos elementares (como, por exemplo, ler uma bússola para não se perder na selva), resultaram primeiro no descrédito de Guevara como um líder revolucionário viável, após o fracasso no Congo, e, depois, em sua morte na Bolívia, encerrando assim sua vida e carreira de revolucionário que se pretendia genial. Curioso notar que tanto no Congo quanto na Bolívia Guevara foi confrontado por forças das quais faziam parte cubanos que haviam deixado seu país após o início dos desmandos do "Che" e Castro, e que demonstraram muito mais competência militar do que Guevara, cuja tão falada habilidade tática e estratégica encontra-se guardada junto com seus demais méritos, ou seja, na propaganda.
 
O livro de Humberto Fontova é valioso não apenas pelas suas informações, que inclusive podem ser um ótimo antidoto para os inocentes úteis simpatizantes de Guevara, mas por ser o único trabalho publicado no Brasil, em muito tempo, a ir contra o senso comum que transformou um homem medíocre em um deus no templo da ideologia comunista.
 
Destaque também para o documentário que acompanha o livro, “Guevara, Anatomia de um mito”, com imagens e depoimentos sobre Ernesto Guevara desde seus tempos de desocupado na Guatemala até sua morte na Bolívia, complementando de forma muito eficiente e sóbria o trabalho de Fontova.
 
[*] Nota: Um dos maiores biógrafos “chapa-branca” de Guevara citado várias vezes ao longo do livro de Fontova, o mexicano Jorge Castãneda, antigo esquerdista radical há alguns anos convertido ao socialismo light de cunho social-democrata atualmente predominante na política latino-americana e nos EUA, esteve há poucos dias envolvido num episódio no minimo curioso. Convidado para um evento na Venezuela, promovido pela oposição ao ditador Hugo Chávez, Castãneda criticou o fato de que “Chavez estava tentando criar outra Cuba” na América Latina. Para quem dedicou grande parte de sua vida a incensar o tirano Castro e vassalos do ditador como Guevara, essa é uma virada e tanto.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Polícia investiga financiamento de R$ 30 mil para manifestação no DF

Participantes receberam até R$ 300 para ir a protesto na sexta, diz polícia.
Um dos organizadores do movimento nega pagamento a manifestantes.


  Cúpula da área de segurança do DF durante entrevista nesta
segunda (17) sobre investigação relacionada aos protestos
de sexta-feira e sábado próxima ao Estádio Nacional Mané
Garrincha (Foto: Isabella Formiga/G1)


A Polícia Civil do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (17) que investiga a origem de R$ 30 mil supostamente destinados a financiar a manifestação ocorrida na sexta-feira (14) em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha. No protesto, as seis faixas do Eixo Monumental foram fechadas por manifestantes, que atearam fogo a pneus.
Segundo o diretor-geral da corporação, Jorge Xavier, a polícia tem provas de que o protesto foi financiado e que pessoas ligadas a parlamentares podem estar envolvidas com o movimento. Xavier não informou o nome dos parlamentares para qual os suspeitos trabalham.

De acordo com ele, manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) teriam recebido de R$ 250 a R$ 300 para comparecer ao protesto e queimar pneus. Ele explicou que receber ou pagar a alguém para participar de protestos não é crime, mas financiar dano ao patrimônio público, sim.
Cinco pessoas foram detidas na sexta-feira, entre elas o motorista do caminhão que transportou os pneus até o local. Elas afirmaram terem sido enganadas e que não sabiam para que os pneus seriam usados. Segundo Xavier, pelos relatos dessas pessoas foi possível identificar nove lideranças do movimento, das quais pelo menos três são ligadas a parlamentares.

 Grupo fecha via em frente ao Estádio Nacional de Brasília em protesto contra a Copa (Foto: Isabella Formiga/G1)


A polícia investiga também a participação do ex-servidor da Presidência da República Gabriel Santos Elias no protesto. Segundo Xavier, Elias foi exonerado em maio e é líder do movimento Copa para Quem?. O grupo faz parte do Movimento Brasil e Desenvolvimento, liderado por estudantes e ex-estudantes da UnB, entre eles Elias.

“Embora tenha dado entrevista ao lado do incêndio, embora tenha feito contato com MTST para fundir os dois movimentos, a gente não pode dizer que ele participou do incêndio”, disse Xavier. “Ele vai ser intimado para prestar declarações em relação ao crime”, afirmou. A polícia procurou líderes do MTST neste fim de semana para prestar esclarecimentos, mas não conseguiu encontrá-los.
"Ainda não recebi nenhuma informação oficial a respeito disso. Não tive nenhuma participação no ato de queima de pneus. Em nenhum momento soube que isso aconteceria, até o momento que vi os pneus se queimando. Na hora em que cheguei, já estava queimando pneu”, disse Elias ao G1. “Não sabia da participação de parlamentares e em momento algum usei meu cargo para fazer atuação para movimentos sociais, inclusive para o MTST.”

 Manifestantes pulam pneus em chamas em protesto na sexta-feira em frente ao estádio Mané Garrincha (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)

Ele também negou ter feito pagamento a manifestantes. “Em nenhum momento dei qualquer dinheiro para esse protesto. Não tive nenhuma participação em nenhum ato mencionado nesse sentido. Não sei por que está sendo feito. Imagino que governo realmente esteja preocupado com manifestações. Mas acredito que seja tentativa de tirar da mobilização pessoas que são comprometidas com uma crítica das políticas sociais.”
Na página da internet, o Copa para Quem? diz ser responsável pelas ocupações da reitoria da UnB em 2008, que resultou na renúncia do então reitor Timothy Mullholand, e da Câmara Legislativa do DF, em 2009, que pedia a saída do então governador José Roberto Arruda, acusado de envolvimento com suposto esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM.
 Segundo a polícia, Elias teria feito contato com o MTST para a participação no protesto e também estava presente na invasão do MTST a uma área em Ceilândia que ficou conhecida como Novo Pinheirinho, em referência ao Pinheirinho, terreno em São José dos Campos (SP) onde viviam 6 mil pessoas e que foi desocupado pela PM de São Paulo em janeiro de 2012. O G1 não conseguiu contato com o MTST.

“Uma advogada do grupo foi quem fez a defesa do movimento [MTST] na ação judicial da reintegração de posse [em Pinheirinho] e o trabalho de comunicação foi feito por nós. Na época fizemos campanha de arrecadação de alimentos para as famílias que estavam ocupando o local, um trabalho de apoio”, disse Elias. “Nossa parte no processo era prestar assessoria jurídica para o caso de alguém ser preso e como profissionais de comunicação. Em momento algum escondi minha participação no ato, sempre foi uma posição bem pública.”
 Outras prisões
O diretor afirmou que não há relação entre os protestos realizados na sexta-feira, que teria sido financiado, com o movimento realizado no sábado (15), que ocorreu de forma “espontânea e organizada através das redes sociais”.
No protesto de sábado, 19 pessoas foram presas e dez adolescentes, apreendidos. No sábado, após o jogo de estreia da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão, o  secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, afirmou que a ação da polícia para conter os conflitos com manifestantes “foi perfeita”.
'Sabotagem'
O diretor da Polícia Civil afirmou ainda nesta segunda que dois estudantes detidos na madrugada de sábado tentando cortar cabos de um semáforo na 703 Sul não têm relação com nenhum dos movimentos.

Um dos envolvidos, no entanto, é assessor parlamentar e foi preso em flagrante com uma mulher que carregava uma sacola com ferramentas. O diretor da polícia não disse para qual parlamentar o estudante trabalha.

Avessos ao diálogo, baderneiros deixam reunião com o governo de SP sem qualquer tipo de acordo

Pau mandado – Conversar com baderneiros de aluguel é pura perda de tempo. Só mesmo um governo sem pulso, como o de Geraldo Alckmin (PSDB), é capaz de acreditar que os manifestantes que depredaram São Paulo estão abertos ao diálogo.
Pouco antes do encontro na Secretaria de Segurança Pública, que terminou há instantes, os líderes do Movimento Passe Livre disseram aos jornalistas que não discutiriam com as autoridades do governo paulista o trajeto dos protestos, assunto que, segundo os baderneiros, é prerrogativa dos manifestantes.
Para mostrar a falta de disposição ao diálogo, os líderes dos baderneiros disseram que iriam pleitear o aumento das tarifas de transporte público e que a imediata redução do preço das passagens é suficiente para que os protestos terminem.
Esse comportamento radical mostra que os manifestantes mentiram ao afirmar que os protestos tinham como foco não os R$ 0,20, mas a situação enfrentada pela população no rastro do desmando político.
O ucho.info, apesar de quase isolado na defesa de sua opinião, continua afirmando que os protestos têm viés político-eleitoral e servem apenas para facilitar o trabalho do PT em seu plano para tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes. Basta ver a pasteurização da opinião da sociedade em relação ao vandalismo que tomou conta da maior cidade brasileira e deve se repetir nos próximos dias.
Esse tipo de instabilidade sócio-política só interessa a quem tem em mente um golpe como senha para a implantação de um regime totalitarista. Os brasileiros já assistiram à cena semelhante e conhecem com largueza o resultado.

  Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=70689

sábado, 15 de junho de 2013

Mulheres protestam na Sé contra bolsa-auxílio a vítimas de estupro

Comissão aprovou em votação simbólica criação do Estatuto do Nascituro.
Grupo apelidou projeto de lei de Bolsa Estupro.


 Grupo protesta contra projeto de lei que cria Estatuto do Nascituro (Foto: Gabriela Biló/Futura Press)
Um grupo de mulheres ligadas a entidades feministas participa de um protesto na região da Praça da Sé, Centro de São Paulo, na tarde deste sábado (15), contra o projeto de lei que cria o Estatudo do Nascituro. Em 4 de junho, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica o projeto, que prevê proteção jurídica à criança ainda não nascida e garante assistência pré-natal e acompanhamento psicológico a mulheres vítimas de estupro.
O projeto é um meio de estimular as vítimas de violência sexual a ter o bebê caso fiquem grávidas, mas não retira do Código Penal o artigo que autoriza o aborto em caso de estupro e em situações em que a vida da grávida seja colocada em risco.
O texto foi apelidado por entidades feministas de “Bolsa Estupro”, por estabelecer o benefício mensal no valor de um salário mínimo às mães vítimas de estupro, além de uma bolsa-auxílio de três meses a mulheres que engravidarem em decorrência de estupro e optarem por não realizar o aborto.
O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário da Câmara para então ser encaminhado para o Senado. O projeto tem como relator o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), integrante da bancada evangélica.
O que diz o projeto
Além da bolsa-auxílio, o texto também determina que, se o pai da criança (autor do estupro) for identificado, ele será obrigado a pagar pensão alimentícia à criança. Nos casos em que a vítima de estupro optar por não assumir a criança após o nascimento, o bebê deverá ter prioridade para adoção.
O projeto estabelece como nascituro o ser que já foi concebido mas ainda não nasceu, e tipifica os crimes cometidos contra ele. Pelo texto, o conceito de nascituro inclui os seres humanos concebidos “in vitro” e também aqueles os produzidos por meio de clonagem, reconhecendo a sua natureza humana com proteção jurídica pelo próprio Estatuto do Nascituro, pela lei civil e penal.
O texto prevê pena de seis meses a um ano para o indivíduo que referir-se ao nascituro com palavras depreciativas ou que fizer apologia ao aborto. Também inclui pena de um a três anos de detenção para quem causar intencionalmente a morte de nascituro, e até dois anos de prisão por anúncio de processo ou substância que provoquem aborto.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Em Porto Alegre manifestantes protestam para evitar aumento

Manifestantes querem não apenas manter o valor da passagem em R$ 2,85, mas também que ele seja reduzido

 Dezenas de manifestantes se concentram em frente do prédio da prefeitura, que tem a entrada isolada por cordas e vigiada pela Guarda Municipal durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte público em Porto Alegre (Ricardo Duarte/Agência RBS)

 

Em Porto Alegre, capital gaúcha, manifestantes iniciaram protesto contra um possível aumento da passagem de ônibus por volta das 18 horas desta quinta-feira. A manifestação ocorre ainda que o Tribunal de Contas do Estado tenha garantido no início da tarde que as tarifas permanecerão em R$ 2,85. Parte dos baderneiros concentrou-se em frente ao prédio da prefeitura, que foi isolada pela Guarda Municipal. De acordo com o site do jornal Zero Hora, depois de sair da prefeitura,  as pessoas andaram por algumas das vias de trânsito da cidade. Houve pichações em diversos estabelecimentos comerciais, bancos tiveram vidros quebrados e ônibus foram depredados.

A Brigada Militar e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanham o trajeto da manifestação. Ainda segundo a Zero Hora, entre os manifestantes há integrantes de movimentos sociais e estudantis, além de partidos de esquerda. A palavra de ordem é: "Se a passagem aumentar, a cidade vai parar". O protesto ocorre não apenas para manter o valor da passagem em R$ 2,85, mas também para pressionar que o valor seja reduzido de acordo com a isenção do PIS/Confins, anunciado pelo Ministério da Fazenda no mês passado.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) emitiu, na tarde desta quinta-feira, uma medida cautelar determinando que a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC) mantenha o valor da tarifa de transporte público urbano em R$ 2,85.
Polícia cerca manifestantes e blinda Avenida Paulista
Manifestantes ocupam Av. Rio Branco, no Centro do Rio
São Paulo - Nesta quinta-feira, manifestantes entraram em confronto com a PM pela quarta vez em uma semana, capital paulista. O grupo desrespeitou o roteiro combinado com a Polícia Militar, que proibia justamente a "invasão" da Avenida Paulista, que possui sete hospitais, acesso a diversas estações de metrô, além de shoppings e estabelecimentos comerciais. A exemplo dos atos anteriores, a manifestação tornou-se dispersa e violenta após as duas primeiras horas, deixando um rastro de depredação e vandalismo no percurso e degenerando em choque com a polícia. Por volta das 19h20, a PM teve de usar bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para conter um grupo que lançou rojões e pedras contra policiais no cruzamento na Rua da Consolação. Na região central, os arruaceiros montaram barricadas com sacos de lixo incendiados. Pelo menos 149 pessoas foram presas.
Rio de Janeiro -- Centenas de manifestantes tomaram a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, contra o aumento das passagens de ônibus na cidade - que passaram de 2,75 para 2,95 reais no último dia 1º. O protesto, que começou por volta das 18 horas desta quinta-feira, foi convocado pelo Facebook, em um evento no qual mais de 13.000 pessoas confirmaram presença.

Insegurança na maior cidade brasileira cresce de forma deliberada e assusta cada vez mais

Sem limites – Enquanto as discussões sobre os atos de vandalismo cometidos por integrantes do Movimento Passe Livre – grupo que tem protestado contra o aumento das tarifas de transporte público (ônibus, metrô e trem) em São Paulo – ocupam o noticiário, a falta de segurança que toma conta da maior cidade brasileira não pode ser esquecida pelas autoridades, começando pelo governador Geraldo Alckmin.
A insegurança na capital paulista chegou a tal ponto, que para garantir uma noite de suposta tranquilidade no Dia dos Namorados o governo aumentou o número de policiais nas ruas da cidade, como forma de minimizar a ação dos bandidos que se especializaram na modalidade de crime que ficou conhecida como “arrastão”. A medida surtiu efeito, mas é preciso que não seja pontual. Autoridades da área de segurança pública garantem que os policiais continuarão nas ruas, mas é preciso aguardar alguns dias para saber se isso é verdade.
Para se ter ideia do ponto em que chegou a insegurança, sair com o telefone celular em São Paulo tornou-se uma situação de risco. Nos últimos dias, muitas pessoas foram alvo de criminosos que simplesmente arrancam das mãos das vítimas os equipamentos. Esse tipo de ação tem sido comum nos bairros onde concentra-se a população de maior poder aquisitivo e acontece em questão de segundos.
Há dias, nos Jardins, uma jovem falava ao celular diante do prédio onde mora, em rua de grande movimento, quando um motoqueiro avançou sobre a calçada e levou o aparelho. A poucos metros do local do crime quase sempre existe uma viatura da Polícia Militar estacionada, mas nem isso tem intimidado os criminosos.
Circular pela cidade de São Paulo exige do cidadão atenção redobrada, em especial dos motoristas. Ao ver uma motocicleta com algum tipo de acessório dificultando a leitura da placa – normalmente os bandidos utilizam imãs de geladeira – esteja certo que se trata de um criminoso.
Voltando à questão dos celulares, que têm gerado reclamações generalizadas e em número cada vez maior, para completar o cenário de caos a telefonia no Brasil é de péssima qualidade e frequentemente obriga os usuários a se debruçarem nas janelas dos edifícios em busca de melhor sinal.
Se nada for feito para reverter a situação como um todo, em breve os orelhões voltarão a ser o objeto do desejo de muitos brasileiros.

Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=70563

São Paulo: em breve, vítimas da insegurança terão de pedir desculpas e agradecer aos criminosos

Virou baderna – O Brasil vive uma perigosa e absurda inversão de valores, situação que começa a transformar vítimas da insegurança pública em culpados. Com um Estado inoperante e legislação frouxa e obsoleta, reagir a um assalto é sinônimo de problemas futuros, pois em algum momento entrará em cena a questão dos direitos humanos. Algo que na prática só vale para os marginais.
Na noite de quarta-feira (12), Dia dos Namorados, um advogado seguia em seu carro, junto com a namorada, para um restaurante da Zona Sul, quando no semáforo de movimentada rua foi assaltado. O criminoso, menor de idade e de arma em punho, levou o celular e o relógio da vítima, avaliados em R$ 15 mil.
A sensação de impunidade que grassa no mundo do crime é tamanha, que o assaltante saiu caminhando tranquilamente e passou diante do carro da vítima, como se nada tivesse ocorrido. Nesse momento, o motorista assaltado acelerou o carro e atropelou o marginal.
Com o ladrão preso pela polícia, o advogado recuperou seus bens e o caso acabou na delegacia do bairro, onde a autoridade de plantão não descartou a possibilidade de a vítima ser investigada por causa do atropelamento. No inquérito a polícia terá de descobrir se o advogado acelerou o carro para se defender ou para agredir o ladrão.
Com a escalada do crime, as autoridades passaram a sugerir medidas que deveriam ser adotadas pelos cidadãos como forma de evitar a ação dos criminosos. O que mostra a inoperância e a falência do Estado, como um todo. Não demora muito, alguém há de sugerir que a vítima passe a pedir desculpas para o ladrão. Não sendo assassinada, a vítima deverá agradecer.
A sensação de insegurança é tão devastadora, que muitas pessoas ficam preocupadas quando não têm na carteira ou na bolsa um dinheiro para dar ao ladrão em caso de assalto. Há dias, em conversa com o editor do ucho.info, uma destacada integrante do governo Alckmin disse que precisava ir ao caixa eletrônico para sacar o dinheiro do ladrão. Enquanto essa servidora sacava R$ 200 da sua conta bancária, baderneiros destruíam a cidade por causa de R$ 0,20 centavos de aumento no preço da passagem de ônibus.
Se Geraldo Alckmin não tomar uma providência imediata para acabar com a onda de violência na maior e mais rica cidade brasileira, seu projeto de reeleição deve ser engavetado caso o governador deseje evitar um vexame político nas urnas.

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Protesto de baderneiros, em SP, abandona a politicagem diante da evidente ligação com partidos

Mudaram o jogo – Muitos criticaram a ação da Polícia Militar contra os vândalos que destruíram vários pontos da cidade de São Paulo durante manifestação contra o aumento das tarifas de transporte público, mas a corporação agiu com o rigor adequado para conter a delinquência de um grupo que até então agia criminosamente.
Na manifestação desta quinta-feira (13), com agentes da Polícia Civil infiltrados entre os manifestantes e a PM acompanhando de perto o protesto, os integrantes do Movimento Passe Livre, que é ligado a partidos de esquerda, mostraram o quanto são covardes diante da lei. Até então, nenhum enfrentamento ocorreu entre os manifestantes e os policiais, o que mostra que o protesto segue de forma pacífica.
É bom lembrar que não são policiais federais que acompanham o movimento, como anunciou o ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), mas membros do serviço de inteligência da Polícia Civil de São Paulo, que registram imagens e simultaneamente identificam os baderneiros para eventual indiciamento criminal.
O que não se pode aceitar é um bando de criminosos de aluguel destruindo o patrimônio público e privado apenas e tão somente para a criação de um estado de anarquia, o que interessa sobremaneira ao Partido dos Trabalhadores em sua tentativa de tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, em 2014, apesar de o prefeito Fernando Haddad está sendo chamuscado nessa operação.
Fora isso, inaceitável também é o fato de alguns jornalistas defenderem a tese de que o poder público deve recuar e reduzir as tarifas de transportes, apenas para atender o desejo de um grupelho de irresponsáveis que sequer estão preocupados com os R$ 0,20 de aumento na passagem do ônibus, por exemplo.
Quem organiza e participa essas manifestações são desocupados que vendem uma ideologia obtusa e retrógrada por alguns tostões, só para ver o caos instalado na quarta maior cidade do planeta. O cidadão que semanas se dedicando à organização de um protesto e desde as 15 horas está postado diante do marco inicial da manifestação, por certo não enfrenta problemas financeiros, como querem fazer acreditar.
O ucho.info entrevistou, na capital paulista, pessoas das mais distintas classes sociais e, surpreendentemente, todas disseram ser contra as manifestações, ao mesmo tempo que alegaram que nada representar o valor do aumento da passagem (R$ 0,20) em uma cidade como São Paulo, uma das mais caras de um país que convive com a inflação fora de controle. Em outras palavras, o vandalismo que marcou as outras manifestações foi de encomenda e o contratante mudou de ideia antes que a verdade torna-se ainda mais explícita.

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Protesto contra aumento das passagens tem ao menos 60 detidos em São Paulo

Ainda na concentração, policiais revistaram jovens e detiveram os manifestantes. Grupo tenta chegar até a avenida Paulista, que teve o trânsito desviado, e polícia fecha as principais vias

Renan Truffi - iG São Paulo

 Mesmo antes de manifestantes de diversos grupos liderados pelo Movimento Passe Livre darem início a mais uma passeata contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, pelo menos 60 pessoas foram presas e houve confronto entre policiais e manifestantes. Após muita confusão, os manifestantes iniciaram a passeata por volta das 18h30 saindo do Theatro Municipal em direção à avenida Paulista, mas na rua da Consolação ocorreram diversos confrontos e a passeata se dispersou para outros pontos.
A polícia informou que os jovens foram presos por estarem com vinagre (usado para diminuir o ardor nos olhos pelo gás lacrimogêneo), coquetel molotov e objetos suspeitos. Os policiais entraram em confronto com os jovens e membros da imprensa foram agredidos pelos policiais. O repórter da revista Carta Capital Piero Locatelli foi levado pela polícia e pelo menos outros dois, um da TV Folha e outro do jornal Metro, foram agredidos . A Secretaria de Segurança Pública São Paulo informou que os detidos foram levados para um ônibus da PM parado perto do teatro. No início da noite, Locatelli foi liberado pela polícia.
Rio de Janeiro:

Renan Truffi
Manifestantes reunidos no centro de São Paulo, nesta quinta-feira
 
Os manifestantes deixaram a Theatro Municipal em direção à Praça da República, pegando a Barão de Itapetininga e a rua da Consolação em direção à avenida Paulista. Para tentar impedir que os manifestantes tomassem o sentido centro da rua da Consolação, os policiais dispararam balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Houve correria e os grupos se dispersaram para a rua Augusta e para a Praça Roosevelt.
Na Augusta, o grupo de jovens tentou chegar novamente até a avenida Paulista, mas após ser impedido novamente pela polícia, foram para a rua Bela Cintra.
No início da caminhada, os manifestantes dustribuíram panfletos da próxima manifestação, marcada para o dia 18, às 17h, em frente à estação Faria Lima do Metrô.
A concentração da manifestação foi no Theatro Municipal, na região central da cidade. O comércio no entorno começou a fechar antes do início do protesto. A maioria dos bares e restaurantes baixou as portas e até uma faculdade, a Uniesp, suspendeu as provas por conta do ato. A Tropa de Choque da PM se posicionou próximo ao local.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou novamente nesta quinta-feira (13)  a possibilidade de reduzir as tarifas de ônibus, trens e Metrô pelos próximos 45 dias no Estado, conforme sugestão feita pelo Ministério Público, por intermédio do promotor de Habitação e Urbanismo, Maurício Lopes. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pediu à Polícia Federal que acompanhe os protestos e ofereceu ajuda ao governo do Estado.
Na última terça-feira, cerca de 10 mil manifestantes protestaram nas regiões da avenida Paulista e no centro de São Paulo . Segundo a polícia, houve ao menos 20 prisões e três policiais foram feridos. Cinco agências bancárias foram depredadas e vários ônibus foram pichados e quebrados. Os manifestantes acusam os policiais de agressões e prisões indevidas.

Protestos da semana passada
Cerca de 2 mil pessoas participaram de cada um dos dois primeiros protestos do MPL contra o preço da passagem de ônibus em São Paulo. No primeiro, na quinta-feira (6), estudantes, trabalhadores e representantes de partidos políticos, caminharam do Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, às avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, antes de chegar à avenida Paulista.

 
Gabriela Bilo/Futura Press
Protesto na Marginal Pinheiros, na última semana
 
Na ocasião, a Tropa de Choque dispersou os manifestantes, em sua maioria jovens na faixa dos 20 anos, com bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, dispersando os participantes do protesto em direção à avenida da Consolação. Os manifestantes jogaram cestas de lixo e fizeram barricadas no meio da Paulista.
Semana passada: Protesto contra aumento de tarifa tem confronto com Tropa de Choque
São Paulo: Tarifas de ônibus, trem e Metrô vão subir para R$ 3,20 em junho
3 de junho: Manifestantes protestam contra alta da tarifa de ônibus em São Paulo
Na segunda manifestação, na sexta (7), o grupo caminhou do Largo da Batata até a avenida Faria Lima, passou pela Eusébio Matoso, em frente ao shopping Eldorado, e entrou na Marginal Pinheiros, em direção à Cidade Universitária, pela faixa local, o que impossibilitou o trânsito dos carros.
 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Trabalho Infantil: apenas 22% dos recursos previstos foram utilizados

Marina Dutra
Do Contas Abertas
Embora as pessoas só pensem no dia 12 de junho como Dia dos Namorados, na data também é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. A comemoração foi criada pela Organização Internacional do Trabalho em 2002 e, desde então, entidades de todo o mundo tentam alertar a sociedade para a realidade do trabalho infantil que assola o Brasil e vários outros países.
Apesar da preocupação e do problema atingir 3,4 milhões de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos no Brasil, apenas 22% do total de R$ 412,5 bilhões autorizados, em 2013, para duas ações orçamentárias voltadas para a erradicação do trabalho infantil foram executados até ontem (11), incluídos os restos a pagar. As rubricas pertencem ao programa “Promoção dos Direitos de Crianças e Adolescentes”. 
 Do valor orçado para este ano, R$ 362,5 milhões serão destinados para a ação “Proteção Social para Crianças e Adolescentes Identificadas em Situação de Trabalho Infantil”. A iniciativa tem como objetivo incluir as crianças e adolescentes identificados em situação de trabalho em serviços de proteção social, no horário extraescolar, para retirá-los do trabalho precoce e irregular e protegê-los de situações que ameacem ou violem seus direitos.
No entanto, para a ação que também tem a intenção de promover o acesso e participação cidadã de crianças e adolescentes em ações socioeducativas e de convivência voltadas ao fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, apenas 22,4% dos recursos, isto é, R$ 85,9 milhões, foram desembolsados.
Os serviços devem ser ofertados pela proteção social básica nos territórios de cobertura dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), assim como nos territórios de cobertura dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), sob coordenação da área responsável pela Proteção Social Especial, a quem cabe também a execução de ações de gestão, voltadas ao aperfeiçoamento da identificação das situações de trabalho infantil nos territórios.
A outra ação que conta com recursos para erradicação do trabalho infantil é a “Concessão de Bolsa para Famílias com Crianças e Adolescentes Identificadas em Situação de Trabalho”. Neste ano, 14,2% do total de R$ 30 milhões destinados à iniciativa foram pagos, o equivalente a R$ 4,3 milhões. A ação tem como objetivo assegurar às crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos de idade, identificadas em situação de trabalho (à exceção dos adolescentes na condição de aprendiz, dos 14 aos 16 anos, conforme a legislação vigente), o acesso à transferência de renda às suas famílias.
Os recursos desta ação são repassados diretamente às famílias com crianças e adolescentes identificadas em situação de trabalho não elegíveis aos critérios do Programa Bolsa Família, de modo a criar condições objetivas para a retirada imediata da situação de trabalho e contribuir para a interrupção das condições geradoras da situação do trabalho precoce.
O valor da transferência de renda previsto pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) varia de acordo com a renda familiar, a localidade em que mora a família (zona urbana ou rural) e o número de crianças ou adolescentes que compõem o arranjo familiar.
Famílias com renda per capita de até R$ 70,00 recebem R$ 68,00 + R$ 22,00 por beneficiário (no máximo até 3) + R$ 33,00 por jovem de 16 e 17 anos frequentando a escola (até 2 jovens). Famílias com renda por pessoa acima de R$ 70,00 e menor que R$ 140,00 recebem R$ 22,00 por beneficiário (até 3) + R$ 33,00 por jovem de 16 e 17 anos frequentando a escola (até 2 jovens).
Já as famílias em situação de trabalho infantil com renda mensal por pessoa superior a R$ 140,00 recebem R$ 40,00, se residentes nas áreas urbanas de capitais, regiões metropolitanas e municípios com mais de 250 mil habitantes. Para as que moram em outros municípios ou em áreas rurais, o valor da transferência de renda é de R$ 25,00.
O Contas Abertas questionou o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome sobre a execução das iniciativas, mas até o fechamento da matéria, não obteve resposta.
Dificuldades
Ainda que o país seja considerado uma referência mundial em relação às políticas sobre o tema, o Brasil ainda apresenta índices baixos e não deve erradicar o trabalho infantil no curto prazo. Segundo o estudo “Brasil livre de trabalho infantil”, produzido pela organização Repórter Brasil, um fator preocupante é que, de 2005 em diante, houve desaceleração no ritmo da diminuição do número de crianças e adolescentes no mercado de trabalho.
Segundo, o Censo de 2010, 3,4 milhões de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos estavam trabalhando. Entre o período de 2000 a 2010, houve redução de 13,4% no número. Entretanto, a ocorrência do problema chegou a aumentar 1,5% entre crianças de 10 a 13 anos, justamente na faixa etária mais vulnerável dessa população, para a qual todo tipo de trabalho é proibido.
De acordo com Rafael Dias Marques, procurador do Ministério Público do Trabalho e coordenador da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, a maior dificuldade no combate a esse tipo de trabalho está na informalidade. “Você não consegue identificar esse explorador para punir e a solução tem que se dar por meio de assistência, de políticas públicas de amparo as famílias do menor trabalhador”, explica.
Para Marques, o primeiro ponto para mudança do quadro é a conscientização da sociedade em não consumir produtos e serviços prestados por crianças e adolescentes. “Muitas vezes a cena sensibiliza, é apelativa, mas essa situação de apelo não pode conduzir a sociedade a comprar o produto da criança, porque ela está prejudicando, ela está criando a demanda por trabalho e permite que essa situação perpetue. A sociedade tem que dizer não, toda vez que uma criança ou adolescente vier oferecer um produto ou serviço a ela”, afirma.
Ainda segundo o procurador, a princípio, pode ser realizado trabalho de conscientização da família. “É necessário orientar a família que o trabalho nessa fase da vida prejudica a saúde, a formação educacional e o lazer da criança e do adolescente. Se após essa conscientização  a família, uma vez assistida pelas políticas públicas, continuar permitindo que a situação de trabalho ocorra, pode e deve sofrer punições”, conclui.

Ministério Público de SP amolece e defende acordo com vândalos que depredaram a capital paulista

(Foto: Evelson de Freitas - Estadão)
 Caos oficializado – O Ministério Público de São Paulo está a um passo de oficializar a baderna no estado. Depois do vandalismo patrocinado por pseudo-manifestantes que protestam contra o aumento das tarifas de transporte público, o promotor de Justiça Maurício Ribeiro Lopes participou do encontro com os criminosos integrantes do movimento de aluguel, que deixou rastros de destruição na maior cidade brasileira.
Lopes levará ao governador Geraldo Alckmin e ao prefeito Fernando Haddad uma proposta que prevê a redução da tarifa para R$ 3 (valor que vigia antes do aumento), com a contrapartida de que o Movimento Passe Livre deixe de realizar protestos na capital paulista. O acordo, que é um escandaloso desrespeito à lei, contempla uma trégua de 45 dias e foi decidido na tarde desta quarta-feira (12).
Durante o encontro, que contou coma participação de representantes do governo estadual e da prefeitura paulistana, foi criada uma comissão que analisará as planilhas de custos das empresas e a composição das tarifas de transporte público com o objetivo de identificar a possibilidade de suspender o reajuste que teve como referência a inflação acumulada nos últimos dozes meses.
Caso concorde com a proposta que será apresentada pelo Ministério Público estadual, o governador Geraldo Alckmin cairá em mais uma armadilha do Partido dos Trabalhadores, que intenta tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes.
Qualquer diálogo com os manifestantes só deve existir a partir do momento que todos os prejuízos causados ao patrimônio público e privado sejam integralmente ressarcidos. Concordar com esses baderneiros é passar a mão na cabeça de criminosos e aceitar a instalação da anarquia no País. A legislação brasileira, mesmo que falha, está em pleno vigor e a Constituição Federal estabelece que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. E isso vale para direitos e deveres.
O promotor José Maurício Lopes disse durante a audiência que acionará a defensoria pública para auxiliar os manifestantes presos durante a baderna da noite de terça-feira (11). Trata-se de um absurdo, pois enquanto organizavam os protestos esses criminosos não precisaram de ajuda. Presos, agora posam de coitados.
Se o governador Geraldo Alckmin amolecer, por certo terá de guardar seu projeto de reeleição, pois a extensa maioria da população condena essa complacência com criminosos que não lutam pela redução de R$ 0,20 no preço da passagem de ônibus, mas pela instalação do caos a mando de oportunistas políticos.

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Baderneiros voltam a protestar em SP e fecham a Marginal Pinheiros, mas sob aplausos PM reage

(Foto: Filipe Araújo - Agência Estado)
 Papel carbono – Às 19 horas desta sexta-feira, a cidade de São Paulo registrava 226 km de congestionamento. Resultado da obtusa política econômica de Lula, que tentou frear a crise despejando enxurradas de automóveis novos nas ruas de cidades que jazem na vala da imobilidade urbana.
Como nada acontece por acaso no mundo da política, principalmente quando um partido político planeja tomar de assalto o governo do mais importante estado da federação, horas antes os integrante do Movimento Passe Livre, que na noite de quinta-feira (6) deixaram um rastro de destruição na Avenida Paulista, iniciaram um novo protesto contra o aumento das tarifas do transporte público, desta vez na movimentada Avenida Brigadeiro Faria Lima, Zona Oeste da capital.
A exemplo do que aconteceu no dia anterior, os manifestantes disseram que o protesto seria pacífico, mas como se o Brasil fosse um país sem lei, s baderneiros de aluguel, que servem apenas aos interesses escusos do PT, interromperam o trânsito no local, impedindo a circulação de carros e ignorando o direito de ir e vir de qualquer cidadão. Não contentes, esses cafetões do crime alcançaram a Marginal Pinheiros, uma das mais importantes e movimentadas vias da capital paulista.
Para impedir que o caos no trânsito aumentasse ainda mais, a Polícia Militar, que desde o início da manifestação acompanhava os baderneiros, precisou agir para desobstruir a via. Democracia se faz com responsabilidade, não à sombra do vilipêndio aos direitos dos cidadãos. Se a tarifa do transporte público aumentou em São Paulo, assim como em outras cidades brasileiras, que esses manifestantes protestem diante do Palácio do Planalto, pois a majoração de preços ocorreu no vácuo do retorno da inflação, a herança maldita do fugitivo Lula.
Não é um acréscimo de R$ 0,20 que leva esses baderneiros a interromperem o trânsito e depredarem o patrimônio público e privado, mas o confronto com a Polícia Militar, que nas horas seguintes será acusada de truculência. Esse é o objetivo principal e camuflado do protesto realizado por um bando de desocupados que no meio da tarde de sexta-feira, enquanto a extensa maioria da população está na labuta, arruma tempo para se vender aos interesses da esquerda verde-loura, que a todo custo quer implantar uma ditadura comunista no País. E fincar o pé no estado de São Paulo é um capítulo importante desse plano criminoso.
Que os manifestantes não esperem delicadeza por parte dos policiais, que continuam sendo aplaudidos por milhares de pessoas prejudicadas por esses movimentos insanos. Protestar é um direito de qualquer cidadão, mas o de ir e vir também. Por enquanto apenas os policiais estão partindo para o enfrentamento. Quando a população decidir reagir e uma tragédia ocorrer nas ruas, os que encomendaram a arruaça estarão escondidos sob a carapaça da covardia.

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