Vala do esquecimento – A Câmara dos Deputados e o Senado Federal
definirão na próxima terça-feira (11) o calendário e a sistemática para a
apreciação dos mais de três mil vetos presidenciais que aguardam na
fila do Congresso Nacional. Além disso, também será definida a data de
votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto
secreto no Parlamento.
O anúncio, feito pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB), durante reunião de líderes, acontece após sucessivas cobranças
do líder da Mobilização Democrática (MD), Rubens Bueno (PR), e outros
parlamentares.
“É um passo importante porque esses assuntos vêm sendo mantidos na
gaveta há anos. É inadmissível que o Congresso, por exemplo, se abstenha
de analisar os vetos do presidente, abra a mão de sua prerrogativa
constitucional’, ressaltou o líder da MD.
Fator previdenciário
Entre os vetos que o partido pretende derrubar, adianta Rubens Bueno,
está aquele que acaba com o fator previdenciário. “O Congresso aprovou o
fim desse mecanismo perverso, que prejudica o trabalhador na hora da
aposentadoria. Foi uma iniciativa nossa, que partiu do então deputado e
líder Fernando Coruja. Mas Lula vetou. Nossa intenção é mobilizar o
Congresso para derrubar esse veto”, afirmou o deputado.
Voto secreto
Rubens Bueno explicou ainda que há abertura para se votar em breve o
fim do voto secreto no Parlamento. “Na próxima semana vamos discutir
algumas propostas dos partidos, já que são 28 hipóteses de voto secreto
no Congresso (eleição da Mesa, cassação de mandatos…). Feito o acordo, a
matéria deve entrar imediatamente em pauta”.
Na avaliação do parlamentar, o voto secreto faz com que muitos
parlamentares se escondam atrás do sigilo. “Em casos de cassação de
mandato, por exemplo, se o voto fosse aberto o resultado de muitas
votações certamente seria outro, pois haveria a cobrança direta do
eleitor sobre a postura de seus representantes”, exemplificou Rubens
Bueno (PR).
Para o líder, não existe explicação para Congresso manter esse
procedimento ultrapassado. “Queremos transparência total no Parlamento.
Não há mais motivos para mantermos o voto secreto. Cada parlamentar
precisa assumir suas posições”.
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