Sem visão – Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nesta
quinta-feira (11), o líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), afirmou
que o ministro Aloizio Mercadante (Educação) tenta
transferir a incompetência do Executivo ao Congresso Nacional. Caiado
repudiou declaração de Mercadante ao jornal “Folha de S. Paulo”, de que o
eleitor cobrará caro do parlamento a não realização do plebiscito sobre
reforma política.
“Veja o quanto os porta-vozes do governo são inescrupulosos.
Mercadante, ministro e ex-senador, deveria ter um conhecimento mínimo de
Constituição e Regimento Interno quando induz a população que estamos
impedindo a consulta popular. O plebiscito já foi feito e o povo disse
nas passeatas que quer é uma saúde de qualidade, uma educação que seja
compatível para nossos jovens, uma mobilidade urbana. É fazer com que os
mensaleiros não fiquem apenas no julgamento e sejam cumpridas as
penas”, disse.
“O povo está cansado da corrupção que se alastra pelo País, na Copa,
no BNDES, o Eike Batista e os cartéis quebrando um banco popular.
Podemos mostrar a corrupção na Petrobras com o escândalo da compra da
refinaria de Pasadena (EUA). 78% da população diz que esse governo
oferece um péssimo sistema de saúde. Então, Mercadante, não venha
esconder as mazelas desse governo tentando repassar para o Congresso
Nacional a incompetência do Executivo”, disse.
“Mercadante, o sistema é presidencialista. Não queira jogar a
falência do governo Dilma nas costas do Congresso. Quem não investe em
educação, saúde, segurança e combate à corrupção é a presidente Dilma
que tem o poder da caneta”, finalizou o líder democrata.
Jogo covarde
Elevado a “office-boy” da crise política que ronda o governo do PT,
Mercadante foi transformado em interlocutor de Dilma Rousseff durante o
período de instabilidade que parece não ter fim. Pífio como senador, o
agora ministro da Educação é a aposta alternativa do Palácio do Planalto
para disputar o governo de São Paulo pelo PT. Enquanto o ex-presidente
Lula insiste em fazer do ministro Alexandre Padilha (Saúde) o candidato
petista ao Palácio dos Bandeirantes, Dilma joga em duas frentes, sendo a
primeira o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que
continua sem justificar sua indicação ao cargo.
A queda de braços entre Dilma e Lula ficou evidente com o
esvaziamento da Secretaria de Relações Institucionais, comandada pela
ainda ministra Ideli Salvatti, que como todos sabem é obediente ao
ex-metalúrgico.
Enquanto os petistas de digladiam nos bastidores do poder, o governo
tenta, equivocadamente, passar à opinião pública que a culpa pela crise é
do Legislativo. Essa manobra rasteira não deve acabar bem, pois Dilma
está desdenhando a peçonha de deputados e senadores, começando pelos da
chamada base aliada.
O primeiro sinal da intifada que pode estourar a qualquer momento
surgiu com a decisão de Renan Calheiros apoiar a apresentação de um
requerimento que cobra detalhamento de todas as viagens realizadas com
aviões da Força Aérea Brasileira desde 2002. Ignorar o poço de maldades
do PMDB é querer cometer suicídio político.
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