Quem te viu… – Causa náuseas ver o senador José Sarney
(PMDB-AP) defendendo a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional
nº 37/11 (PEC 37/11), que reduz de dois para um o número de suplentes de
senador e veda a eleição de parentes para a suplência.
Em discurso na tribuna do Senado, Sarney, que é autor da matéria,
disse que é preciso aprovar a PEC 37/11, pois só assim o Congresso
mostrará à sociedade a sua disposição de patrocinar a reforma política. O
caudilho maranhense aproveitou para destacar a importância de o Senado
aprovar uma medida simples como a PEC em questão, pois do contrário
ficará à opinião pública a impressão de que os políticos não estão
dispostos a decidir sobre temas mais complexos.
José Sarney criticando a figura do suplente é no mínimo um escárnio
que a história não esperava de alguém que sempre se valeu desse
expediente eleitoral para custear suas campanhas políticas e de seus
filhos. Isso acontece com a maioria dos senadores, que escolhem como
suplentes pessoas alheias ao cotidiano da política, mas que não se
intimidam na hora de colocar a mão no bolso.
Normalmente, para ter os seus minutos de fama, o suplente troca o
derrame de dinheiro na campanha pelo direito de estar senador durante
uma licença combinada do titular. Há na história política nacional
candidatos que “negociaram” metade do mandato como forma de conseguir
financiamento ou apoio político, mas acabaram não cumprindo o combinado.
É o caso de Saturnino Braga, eleito senador pelo Rio de Janeiro e que
não entregou metade do mandato a Carlos Lupi, presidente nacional do
PDT.
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