Falácia oficial – Na política nada acontece por acaso. E qualquer
ação é minuciosamente estudada e planejada, inclusive declarações de
efeito. O que é normal em um país cuja presidente chama o seu
marqueteiro quando se vê diante de grave crise política.
Aproveitando o recesso parlamentar, o que proporciona curta calmaria,
e apostando suas fichas na abstração popular por causa da chegada do
papa Francisco, que vem ao Brasil para participar da Jornada Mundial da
Juventude, a presidente Dilma Rousseff retomou o seu cipoal de mentiras palacianas.
Nesta quarta-feira (17), durante reunião do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, Dilma disse aos
participantes que até o final deste ano a inflação chegará ao centro da
meta fixada pelo governo, que é de 4,5%.
Assim como qualquer calouro de faculdade de Economia, Dilma sabe que
essa profecia está embalada pela mitomania, pois para que isso aconteça é
preciso que o Banco Central aumente a taxa básica de juro, a Selic,
para pelo menos 10% ao ano. Sem essa medida, qualquer previsão sobre a
inflação é mero exercício do “achismo”. A situação torna-se ainda mais
difícil com a valorização do dólar, apesar das intervenções quase
inócuas do governo no mercado de câmbio.
A se confirmar a tese da alta das taxas de juro, o plano de reeleição
de Dilma Rousseff irá pelo ralo no minuto seguinte, pois o brasileiro
se acostumou com o falso poder de compra inventado por Lula e que
permitiu a criação de uma nova e utópica classe média, segmento da
sociedade que recebeu da noite para o dia 40 milhões de novos
consumidores e que reúne inclusive moradores de favela.
Entre o índice oficial da inflação e a realidade do mais temido
fantasma da economia há uma considerável diferença, facilmente sentida
pelo cidadão na carestia do cotidiano. Quem cuida do dia a dia sabe
muito bem que a inflação real já ultrapassou a marca de 20%, número que
pode ser conferido principalmente nas prateleiras dos supermercados.
O PT palaciano sabe que a reeleição de Dilma migrou do sonho para o
pesadelo, exigindo declarações mirabolantes, mesmo que mentirosas.
Acreditar na palavra de Dilma Rousseff em relação à inflação é o mesmo
que receber uma nota de R$ 3 e não reclamar. Mas há no planeta Terra os
que aceitam a enganação sem qualquer ruído.
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