(Foto: Reuters)
Sinuca diplomática – Ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden
encaminhou pedidos de asilo a 21 países, incluindo Brasil, Alemanha,
Rússia, Equador, Venezuela, Cuba, Índia, China, França e Islândia,
afirmou na segunda-feira (01) o site WikiLeaks.
Os pedidos foram feitos em nome de Snowden por Sarah Harrison,
funcionária britânica do WikiLeaks que acompanhou o fugitivo no dia 23
de junho em sua viagem de Hong Kong a Moscou. Desde então, Snowden
supostamente permanece na área de trânsito do aeroporto da capital
russa.
Os pedidos foram submetidos a um responsável do consulado russo do
aeroporto de Moscou no final da noite de segunda-feira, indica um
comunicado divulgado na página do WikiLeaks. “Os documentos destacam os
riscos de perseguição que Snowden enfrenta pelos Estados Unidos, tendo o
consulado russo iniciado a distribuição às embaixadas competentes em
Moscou”, destaca a nota.
Pedidos em nome de Edward Snowden também foram feitos aos governos da
Áustria, Bolívia, Finlândia, Itália, Irlanda, Países Baixos, Nicarágua,
Noruega, Polônia, Espanha e Suíça, segundo o WikiLeaks.
Poucas horas depois, um porta-voz do Kremlin anunciou que o pedido
foi retirado por Snowden. “Ele renunciou à sua intenção e ao pedido para
ficar na Rússia”, declarou, acrescentando que o ex-consultor da NSA não
concorda com as exigências do presidente russo. Putin prometera acolher
o fugitivo, mas impôs como condição que ele interrompesse o vazamento
de informações sobre os Estados Unidos.
Acusado de espionagem pelos Estados Unidos, Snowden culpou na
segunda-feira o presidente Barack Obama de pressionar os líderes dos
países onde tem procurado refúgio, no que seria a sua primeira
intervenção pública desde que fugiu para Hong Kong, no início de junho. A
declaração, creditada a Edward Snowden, foi publicada pelo WikiLeaks.
Em particular, o ex-analista da NSA acusou o presidente dos EUA de
ter dado ao vice-presidente Joe Biden a ordem de exercer pressão sobre
os dirigentes dos países aos quais tem apresentado pedido asilo político
para obter a sua extradição.
Snowden também acusou o governo norte-americano de transformá-lo em
um apátrida e de “usar a cidadania como arma”, devido ao cancelamento do
seu passaporte. Ele argumenta que o cancelamento ocorreu sem ordem
judicial ou qualquer condenação, impedindo-o de exercer um direito
fundamental: o de pedir asilo. “O objetivo deles é atemorizar, não a
mim, mas àqueles que vierem depois de mim.”
Paralelamente ao comunicado divulgado pelo WikiLeaks, foi difundida
uma carta dirigida por Snowden ao presidente do Equador, Rafael Correa,
agradecendo o seu apoio e recusa de extradição. Correa confirmou em
entrevista, na segunda-feira, que Biden pedira para rejeitar o pedido de
asilo político, durante o fim de semana. (Com agências internacionais)
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