Ousadia vermelha – O mundo há de acabar e brasileiro não terá visto
tudo. A política nacional vive um dos momentos de maior descrédito, mas
alguns parlamentares preferem ignorar a própria culpa, fingindo que as
recentes manifestações populares nada representassem.
Integrante obediente da base aliada e senador pelo PCdoB cearense, Inácio Arruda,
ao falar nesta quarta-feira (26) sobre a destinação dos royalties do
petróleo à educação e saúde públicas, prefaciou a própria fala com a
frase “caminhada junto com as ruas”, como se os políticos tivessem
alguma participação nos protestos que invadiram várias cidades
brasileiras.
Comunista de quadro costado, Inácio Arruda age como um direitista
convicto quando é preciso defender a esquerda verde-loura,
principalmente se a missão é uma encomenda do Palácio do Planalto.
Faz-se necessário lembrar que os protestos que ainda sacodem
importantes cidades do País são apartidários, como ficou provado em São
Paulo, por ocasião da tentativa do PT e outras legendas de esquerda de
se mesclar aos manifestantes na Avenida Paulista.
A declaração de Inácio Arruda no plenário do Senado foi marcada por
um oportunismo barato, pois o clamor maior das ruas é pelo fim do
banditismo político que tem levado o País à degradação. Para quem não se
recorda, Inácio Arruda foi o relator da CPI das Ongs, que por
determinação do lobista-fugitivo Lula terminou em nada.
Arruda, que deixou o cargo e depois reassumiu, foi autor de um
relatório pífio, que serviu para proteger o derrame de dinheiro público
em entidades bisonhas ligadas ao PT e alguns partidos de esquerda,
começando pelo PCdoB. Assim, o senador cearense não tem um grama de
moral para tentar pegar carona na indignação popular. Antes de qualquer
movimento nessa direção, Inácio Arruda precisa revelar ao País a
bandalheira que grassa nas Ongs.
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