Segundo a "Reuters", o BTG Pactual, de André Esteves, também participa das negociações
Eike Batista: CCX é uma das empresas criadas recentemente pelo empresário (Elisa Rodrigues/Futura Press)
O empresário Eike Batista tenta vender ativos de carvão da CCX e de ouro da AUX, além de participação na produtora de minério de ferro MMX, em meio à limitação de caixa para executar projetos que requerem grandes cifras. O BTG Pactual está envolvido nas tratativas para vender os ativos de ouro e carvão na Colômbia, apoiado por especialistas estrangeiros, afirmou nesta terça-feira uma fonte ligada ao Grupo EBX, holding de Eike.As ações da CCX na Bovespa aceleraram a alta após a notícia, encerrando a sessão com valorização de 12,05%, na máxima do dia. Procurada, a EBX não comentou as informações imediatamente. O BTG também negocia ativos de Eike na MMX, cujo projeto de expansão ficou caro para ser executado pelo empresário, que enfrenta dificuldades de financiamento devido ao elevado nível de endividamento.
Para o comprador, uma aquisição da MMX poderá ser um bom negócio devido ao grande potencial de produção e a um financiamento quase certo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), acrescentou a fonte, que falou sob condição de anonimato.
As ações da MMX também aceleraram a alta e fecharam a terça-feira com ganho de quase 18%, na máxima do pregão. O pedido de empréstimo ao BNDES, da ordem de 3 bilhões de reais, está em análise no banco de fomento, segundo outra fonte com a par do assunto. A MMX já conseguiu empréstimo da instituição para financiar o Porto do Sudeste.
O ativo mais valioso é o porto, mas Eike está buscando incluir a mina na venda, segundo a fonte. Não faz sentido, explicou a fonte, vender o porto sem a mina, pois a MMX não teria como escoar o minério de ferro produzido.
(Com Reuters)
Os pepinos de Eike Batista
O Grupo EBX controla 13 empresas em diferentes ramos de atividade, como
a OGX (petróleo), a MPX (energia), a LLX (logística) e a REX
(desenvolvimento imobiliário). A diversidade de negócios é uma marca do
empresário, que nem sempre cumpre com os projetos como foram incialmente
planejados
Plataforma de petróleo da OGX na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro
Lançada em julho de 2007, a empresa petrolífera OGX tinha como meta
iniciar a produção em 2010. Mas a primeira descoberta aconteceu apenas
em 2012. Em cinco anos, a OGX furou e encontrou muitos poços secos, como
o de Cozumel, na bacia de Campos, que teria capacidade de produção de
168 milhões de barris de óleo.Perspectiva da fachada do novo Glória Palace, quando for concluído
A empresa REX comprou o tradicional Hotel Glória em 2008 para reforma-lo antes da Copa do Mundo de 2014. Mas, mesmo com recursos de mais de 190 milhões de reais do BNDES no programa ProCopa Turismo, a obra está atrasada e não ficará pronta até o torneio mundial. A possibilidade é ocorrer a abertura parcial do hotel.
Obras do Superporto do Açu
O Superporto do Açu, localizado em São João da Barra, tinha previsão de inauguração no primeiro semestre deste ano. Mas os danos ambientais devem adiar o início da operação portuária. O Ministério Público do Rio de Janeiro quer que a LLX faça um projeto de restauração da região. As obras devem postergar a abertura do Açu para o final de 2013.




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