Conta que não fecha – Há quem garanta que estatística é ciência, mas
dependendo do resultado pode-se afirmar que tudo não passa de um
amontoado de conjecturas que favorecem algo ou alguém. Acreditar em
pesquisas de opinião no Brasil tornou-se um misto de fé com inocência.
Ou seja, só acredita quem quer.
No final de semana, o Instituto Datafolha divulgou os resultados de
pesquisa que apontou queda de oito pontos percentuais na popularidade da
presidente Dilma Rousseff, na comparação com o
levantamento anterior. Em um país com população que beira 200 milhões de
habitantes, ouvir 3.758 pessoas é querer oficializar a enganação.
Pesquisas como as que atendem aos interesses dos políticos são
realizadas com base na amostragem, mas é o mesmo que afirmar que está em
temperatura morna o cidadão que tem a cabeça no freezer e os pés na
fogueira. Morto está, mas esse é um detalhe à parte.
Uma nova pesquisa, desta vez encomendada pela Confederação Nacional
dos Transportes (CNT), aponta queda na aprovação do governo petista de
Dilma Rousseff. De acordo com o instituto MDA, que ouviu 2.010 pessoas, a
avaliação positiva do governo caiu de 56,6%, em julho de 2012, para
54,2%, em junho deste ano.
Há algo errado nessa pesquisa, pois em onze meses de seguidas
tragédias na economia a aprovação do governo não pode ter recuado tão
pouco. Do contrário, o povo brasileiro tem inconteste vocação para o
sofrimento silencioso. A indignação diante desses números estatísticos
aumenta quando considerado o fato de que, em 2010, 40% dos eleitores não
votaram em Dilma. Ao longo de trinta meses, o contingente de
descontentes aumentou sobremaneira. Ou será que o efeito do programa
Bolsa Família é maior do que se imagina?
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