A Foxconn é conhecida por ser fornecedora da Apple, Dell, Microsoft e Sony. A empresa de Taiwan foi, diversas vezes, destaque na imprensa pelas más condições de trabalho em suas fábricas na China. A empresa de software Mozilla é uma subsidiária sem fins lucrativos da Fundação Mozilla, que é conhecida pelo desenvolvimento do popular navegador de internet Firefox. Observadores acreditam que a parceria com a controversa Foxconn possa trazer problemas à imagem da Mozilla.
Software com base na rede
O sistema operacional para smartphones Firefox é aberto e não depende de aplicativos, mas sim da internet. Os programas são executados na rede, o que baixa os custos da produção dos smartphones. “Nosso software consome menos energia e memória do que o Android ou o iOS da Apple”, disse o vice-chefe da divisão de celulares da Mozilla, Gong Li ao Wall Street Journal. “Ele oferece o mesmo desempenho a um custo mais baixo”.
A Firefox quer competir com os sistemas que dominam o mercado: o Android, da Google, e o iOS, da Apple. No entanto, a Google também tem planos semelhantes para smartphones que usam seu sistema navegador, o Chrome, como sistema operacional.
O alvo da Foxconn e da Mozilla são os países emergentes e em desenvolvimento: “Estamos de olho nos mercados emergentes, onde clientes e operadoras de telefonia móvel ainda têm sede por smartphones acessíveis. Essa é uma enorme oportunidade.”
Destinado aos mercados emergentes
Em abril, a Mozilla anunciou em Nova York que até o final do ano a empresa pretende levar os smartphones baratos da Firefox para pelo menos 15 países, incluindo Brasil, Venezuela, Polônia e Espanha. A Mozilla havia anunciado em fevereiro, durante a feira de celulares em Barcelona, que 18 grandes operadoras de telefonia móvel, incluindo a alemã Telekom, estavam interessadas em aparelhos com o sistema Firefox.
Para a Foxconn, a nova parceria é vantajosa, já que seus negócios com antigos parceiros estão diminuindo. A empresa começou a sentir claramente o declínio das vendas no mercado de computadores. Um executivo da Foxconn que não quis se identificar disse ao Wall Street Journal que a empresa pretende expandir sua base de clientes para aproveitar melhor o aumento de sua capacidade de produção nos últimos anos. (Com DW)
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