(Foto: Miguel Schincariol - AFP)
Agora sim – Pela primeira vez desde o início dos protestos os
manifestantes ingressaram na seara da legalidade, pois deixaram de fora
dos movimentos os baderneiros de aluguel que se infiltraram, a mando de
partidos políticos, para promover baderna e destruição.
É importante ressaltar que os protestos deixaram de ser pela redução
das tarifas de transporte público, centrados em duas cidades (São Paulo e
Rio de Janeiro), para alcançar muitas reivindicações e ganhar várias
capitais brasileiras.
Qualquer manifestação popular com a preservação da ordem é
absolutamente constitucional, além de necessária quando o Estado está à
deriva por conta da incompetência dos governantes.
Não se pode aceitar que manipuladores profissionais operem nos
bastidores apenas para atender interesses de um partido, que luta para a
instalação do caos como forma de facilitar o caminho para um regime de
exceção.
Ao contrário do que ocorreu nas manifestações anteriores, o que se vê
nas ruas é um protesto pacífico, que pode crescer e atingir seus
verdadeiros objetivos, desde que nenhum partido político assuma a
paternidade do movimento. O que está em discussão é o Brasil do amanhã,
não um arremedo eleitoral.
Que não se esqueça que assim como os movimentos são legítimos e
legais, de igual modo é o direito de ir e vir de qualquer cidadão. Os
manifestantes, para manter o apoio da população, devem agir com
responsabilidade, não interrompendo importantes vias das cidades, como é
o caso da Avenida Paulista, em São Paulo, que dá acesso aos dez mais
importantes hospitais da capital dos paulistas.
O movimento saiu do controle de alguns baderneiros e ganhou dimensão
que agora preocupa os políticos em todas as instâncias. O Brasil passa
por um processo de profunda deterioração política, sem que até então
qualquer reação tivesse sido esboçada.
Continuamos defendendo o direito à manifestação, desde que mantida a
ordem e o respeito à legislação vigente, pois só assim o movimento não
correrá o risco de perder sua verdadeira essência.
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