segunda-feira, 17 de junho de 2013

Dilma acompanha onda de protestos e diz que manifestações pacíficas são "legítimas"


O ministro fez questão de frisar, em declaração a jornalistas, que as manifestações representam um novo fenômeno e que passam pelo momento mais tenso e que o diálogo é a única forma de solucionar os impasses.
"Esse é um momento muito especial de muita tensão e nós queremos agora, no diálogo com o movimento, virar essa página", disse.
Segundo ele, os protestos não vão causar problemas para a realização de grandes eventos no país e que esses jovens têm algo a dizer e precisam ser ouvidos.
"De maneira alguma esses eventos vão pôr em risco os grandes eventos", disse.
"Nós vamos caminhar por uma vertente que valorize essa mobilização e que possa também chamar esses jovens para a maturidade de compreenderem o significado que tem para o país um evento dessa magnitude", argumentou.
Ele alertou ainda que não se deve usar essas manifestações para tirar proveito político.
"É bom que ninguém se precipite em tirar proveito político de um lado e de outro dessa história, porque acho que a coisa é um pouco mais complexa e diz respeito provavelmente a um novo tipo (de protestos)", afirmou.
Uma fonte do governo ouvida pela Reuters afirmou que no caso de São Paulo há pouca margem para envolvimento direto da administração federal. Isso porque os manifestantes tinham como bandeira principal a redução do preço do transporte público e, agora, a reivindicação derivou para o "direito de se manifestar", depois da reação da polícia na última quinta-feira.
O governo federal avalia, porém, segundo essa fonte que falou sob condição de anonimato, que no caso das manifestações que contestam os gastos para realização da Copa do Mundo de 2014 é necessário agir para dialogar e esclarecer os investimentos federais.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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