Fora do script – Um dia o mundo há de acabar e o brasileiro não terá
visto todas as barbaridades que pululam nesta louca Terra de Macunaíma.
Conhecida por sua aversão às crenças e religiões, a presidente Dilma
Rousseff recebeu em palácio, nesta segunda-feira (15), dezesseis
cantoras e bispas evangélicas. O encontro foi organizado pelo senador
licenciado e ministro da Pesca, Marcelo Crivella, que integra
fervorosamente a base aliada. “Vim como um articulador da presidenta
junto ao público com o qual eu convivo desde que eu tinha 6 anos”, disse
Crivella.
O ministro lembrou que o encontro foi solicitado pelas mulheres
evangélicas, que manifestaram o desejo de prestar solidariedade à
presidente. “Ninguém veio pedir nada. Não teve pauta de reivindicação,
não teve veto a medida tomada pelo governo ou discutida no Congresso.
Foi apenas encontro de mulheres”, declarou.
De acordo com Crivella, durante a audiência houve momentos de cantos e
de oração, e a presidenta chegou a se emocionar quando as mulheres
rezaram por ela. “A presidente adorou, cantou com elas, gostou da oração
e acha que o Brasil precisa estar unido em torno das mudanças”,
declarou.
Do encontro participaram o ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho, um coroinha conhecido por suas ações
nada sacristãs, a cantora gospel Mara Maravilha e a bispa Sonia Haddad Hernandes
(não é parente do editor), fundadora da Igreja Renascer em Cristo,
acusada de falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro.
Juntamente com o marido, o apóstolo Estevam Hernandes Filho, a bispa
cumpriu pena de prisão nos Estados Unidos por sonegar informações às
autoridades sobre o montante de dinheiro que levava no momento do
desembarque em Miami.
De acordo com relatório dos agentes de imigração e da alfândega dos
Estados Unidos, o casal escondeu parte do US$ 56 mil em porta-CDs e até
dentro de uma bíblia, que estava na bagagem de mão da bispa.
Sônia e Estavam Hernandes ficaram inicialmente presos no Federal
Detention Center (Centro de Detenção Federal), na região central de
Miami, mas depois foram transferidos para detenções da polícia de
imigração. Anos antes, o mesmo Federal Detention Center recebeu os
brasileiros acusados de envolvimento no escândalo que ficou conhecido no
Brasil como “Dossiê Cayman”.
A aproximação de Dilma Rousseff com as igrejas evangélicas acontece
no momento em que o PT se movimenta com o objetivo de conseguir
assinaturas para apresentar um projeto de iniciativa popular sobre a
reforma política. Mesmo assim, a piada do dia ficou por conta do
ministro Marcelo Crivella, que afirmou ter a presidente se emocionado
diante das orações.
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