Conta exata – Como já era esperado, foi rejeitada pelo Senado
Federal, na noite de terça-feira (9), a Proposta de Emenda
Constitucional nº 37/2011, que reduzia de dois para um o número de
suplentes de senador e vedava a indicação de familiares e parentes para a
suplência.
A PEC, que acabaria com a farra de alguns políticos para conseguir
financiamento para as respectivas campanhas eleitorais, recebeu 46 votos
a favor, 17 contra e uma abstenção. Para que a PEC fosse aprovada eram
necessários 49 votos favoráveis.
Dos atuais 81 senadores, dezesseis são suplentes. Ou seja, um quinto
do contingente de parlamentares do Senado é composto por pessoas que não
tiveram um voto sequer. Mesmo assim, recebem mensalmente R$ 70 mil
entre salários e benefícios, além de uma gorda verba de gabinete que
permite muitas vezes covarde farra financeira.
Considerando que o presidente da sessão que deliberou sobre a PEC
37/2011, nesse caso Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou, deixaram de
participar da votação exatamente os senadores que chegaram ao cargo na
condição de suplentes. A conta é simples: a matéria recebeu ao todo 64
votos (entre favoráveis, contrários e abstenção), o que significa que
senadores em igual número estavam em plenário. Com Renan Calheiros o
número de presentes sobre ara 65. Sendo assim, os dezesseis faltantes
eram os suplentes, que nem mesmo em sonho cometeriam um harakiri
político para acabar com a própria mamata.
Chegar ao Senado Federal sem se preocupar com a eleição, mas, vez por
outra, colocando a mão no bolso para financiar o cabeça de chapa,
tornou-se um dos mais lucrativos investimentos do País. A população, que
saiu às ruas recentemente e arrefeceu os ânimos, deveria mais uma vez
cercar o Congresso Nacional e exigir o fim desse privilégio absurdo e
que atenta contra a democracia.
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