Forçando a barra – Contrariando a opinião pública e boa parte da chamada base aliada, a presidente Dilma Rousseff
fez chegar ao Congresso Nacional mensagem que solicita a realização de
plebiscito sobre a reforma política. Os portadores do documento foram o
vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro José Eduardo Martins
Cardozo, da Justiça.
A lista de sugestões da presidente para a consulta popular inclui
financiamento de campanha (público, privado ou misto), tipo de sistema
eleitoral com voto proporcional ou distrital, fim das coligações
partidárias, fim da suplência de senador e também o fim do voto secreto
no Congresso. Pelo menos duas das sugestões já estão sendo tratadas pelo
Congresso: suplência de senador e voto secreto.
Os palacianos apostam na maioria que o governo tem no parlamento para
aprovar com celeridade o processo do plebiscito, mas o principal
partido da base, o PMDB, fechou questão contra a proposta da presidente
Dilma. Líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ)
declarou que trabalhará contra a proposta.
Enquanto o assunto permanece na seara da polêmica, o presidente da
Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) insiste na criação de
comissão especial para tratar da reforma política, que seria submetida a
referendo.
O documento entregue ao presidente do Congresso, senador Renan
Calheiros, contém apenas sugestões, mas a bancada do PT está pronta para
transformar a reforma política em instrumento de um golpe que
instalaria no País um regime totalitarista de esquerda, a exemplo do
existente na degradada Venezuela.
Não bastasse a resistência de muitos parlamentares, a proposta tem
como maior entrave a escassez de tempo, que será usada à exaustão por
aqueles contrários à ideia. Para valer nas eleições de 2014, uma
eventual reforma política terá de ser aprovada até outubro, como
determina a legislação em vigor.
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