Força total – Os brasileiros precisam pressionar a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha,
que decidirá nos próximos dias se investigará ou não a ação do ministro
Ricardo Lewandowski no caso do sumiço de documentos que comprometiam o
PT e a campanha de Dilma Vana Rousseff.
A um juiz, independentemente da instância em que atua, não cabe a
prerrogativa de decidir se uma transgressão deve ou não ser julgada.
Cabe ao magistrado cumprir o que determina a legislação vigente, sem
privilégio de qualquer natureza, investigando os fatos e punindo os
culpados de forma exemplar.
No caso de decidir pela não investigação do escândalo, a ministra
concordará com o crime e poderá ser tratada como cúmplice de um caso
absurdo, em que Lewandowski usurpou do poder. Essa é a interpretação
rasa do caso em questão, que não pode ser tratado com nenhuma dose de
benevolência.
Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades
responsáveis, Ricardo Lewandowski já estaria preso, uma vez que é
inconcebível que um juiz elimine documentos que comprometem pessoas com
as quais mantém relacionamento. Fosse bem intencionado, Lewandowski
teria se declarado impedido de julgar o caso envolvendo Dilma e o
Partido dos Trabalhadores.
O comportamento, altamente condenável, reforça as especulações de que
Lewandowski atua na mais alta Corte da Justiça como braço avançado do
PT. Depois ninguém entende porque o presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministro Joaquim Barbosa, perde a paciência com Lewandowski e o
acusa de fazer chicana.
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