Força total – Os líderes do PPS, do PSDB e do Democratas na Câmara
doas Deputados, Rubens Bueno (PR), Antonio Imbassahy (BA) Mendonça Filho
(PE), respectivamente, defenderam nesta quarta-feira (19) que seja
realizada na próxima semana a acareação entre os ex-diretores da
Petrobras Nestor Cerveró (Área Internacional) e Paulo Roberto Costa
(Abastecimento). Os líderes sugerem que o ex-diretor Ildo Sauer (Gás e
Energia) da estatal também deveria ser ouvido na semana próxima semana.
Caso a CPMI da Petrobras decida realizar uma terceira reunião na
próxima quinta-feira, (27), Rubens Bueno avalia que também poderiam ser
ouvidos o ex-diretor Renato Duque (Serviços) e o presidente licenciado
da Transpreto, Sérgio Machado. Não sendo possível, as oitivas ficariam
para a semana seguinte. A sugestão já foi repassada para o comando da
CPMI, que também trabalha com a possibilidade da acareação, mas tem
outros nomes definidos para as audiências públicas.
A Comissão aprovou na terça-feira (18) requerimento para que Cerveró e
Paulo Roberto Costa exponham suas versões contraditórias no plenário do
colegiado e também o pedido de convocação de Sauer.
Audiência da quarta
Durante audiência pública da CPMI realizada nesta quarta, Bueno
perguntou aos gerentes da Petrobras se ocupar o posto de trabalho deles
era tão rendoso quanto foi para o gerente de engenharia Pedro Barusco,
que fez acordo com a Justiça para devolver aos cofres públicos R$ 252
milhões provenientes de desvios na estatal.
Além de gerentes da área de controle da Petrobras, foram ouvidos
representantes do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral
da União.
Lula e Dilma
O líder insistiu que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula são
responsáveis pela corrupção na petroleira porque foram eles que nomearam
e avalizaram seus diretores. “Como disse o (Sérgio) Gabrielli há algum
tempo, a senhora Dilma não pode fugir da responsabilidade dela”,
lembrou.
Segundo o parlamentar, a Petrobras se tornou, nos governos do PT,
“instrumento para atender apetites de ficar no poder indefinidamente e a
qualquer custo”.
Com as investigações da CPMI e da operação Lava Jato, salientou
Bueno, “Dilma veio a público dizer que vai apurar tudo, doa a quem doer,
como se ela mandasse na Justiça e no Ministério Público”. Na verdade,
observou, a presidente não quer nenhuma apuração. Tanto é assim que sua
base aliada no Congresso não deixa que sejam votadas as quebras de
sigilo bancário, fiscal e telefônico das empreiteiras envolvidas no
escândalo da propina e dos desvios.
“Se dependesse da base aliada do Palácio do Planalto, o propinoduto, a
roubalheira iriam continuar, com certeza”, afirmou. O PT e seus aliados
fizeram da Petrobras objeto de jogo de interesses político-partidários e
também de aproveitadores que estão dentro dela, avaliou.
“Temos a maior admiração pelos funcionários da Petrobras e pela
empresa, que sempre foi um orgulho para o país, mas uma quadrilha se
apossou dela para dilapidá-la e fazer caixa de campanha. Para investigar
isso tudo temos que ir até o fim”, disse.
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