Fechando o cerco – Líder da Mobilização Democrática (MD) na Câmara, o
deputado federal Rubens Bueno (PR) protocolou nesta segunda-feira (3)
requerimento solicitando da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann,
informações sobre negócios entre Carlos Eduardo Carneiro Lemos,
sócio da Fides Advisor Consultoria Financeira, e o governo federal. No
pedido, o parlamentar questiona se existem contratos, convênios ou
quaisquer outros instrumentos contratuais entre a União, administração
direta e indireta e o empresário, bem como com empresas das quais seja
sócio ou representante legal.
Eduardo Lemos se diz o dono dos R$ 465 mil interceptados pela Polícia
Federal no aeroporto internacional de Brasília, no último dia 16 de
maio. O dinheiro foi encontrado em meias e cuecas de dois passageiros
que tentavam embarcar para o Rio de Janeiro.
O empresário já foi diretor de investimentos da Prece, que é o fundo
de pensão dos funcionários da empresa de saneamento do Rio (Cedae), e
chegou a ser multado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por
aplicações que geraram prejuízos R$ 100 milhões para o referido fundo de
pensão. Além disso, o Ministério Público Federal o acusou formalmente
de lesar outros dois fundos de pensão – o Refer, dos funcionários da
Rede Ferroviária Federal, e o Nucleos, da Eletronuclear.
Segundo a revista Veja deste final de semana, Lemos seria próximo de
Marcelo Sereno, homem de confiança do ex-deputado e ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu. Por essa proximidade teria sido escolhido pelo PT
para o cargo de gerente de investimentos da Prece.
“É no mínimo muito suspeito transportar tamanha quantia de dinheiro
dessa forma. Fato mais estranho ainda é um operador de mercado atuar
dessa maneira. E, como ele já teve relação com petistas influentes, é
necessário esclarecer se há relações dele com gente do governo atual”,
justifica o deputado Rubens Bueno.
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