Mostrando postagens com marcador OPINIÃO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador OPINIÃO. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Impeachment Já! E Depois?



Por: Aurélio
Analisando a linha sucessória ao cargo de Presidente da República, pode-se garantir que é virar o disco e tocar a mesma. Vice, Presidente do Congresso, da Câmara ou do STF, fica difícil saber se está ruim ou pode piorar, qual é o mais canalha, quem está mais propenso a propina.
O povo não entende que Intervenção Militar não é o mesmo que Regime Militar ou golpe, mas apenas destituir do poder os que lá se encontram, investigar e punir, convocando uma nova eleição após ser feita a faxina nos Três Poderes.
Não existe outro caminho que não o da intervenção, qualquer outro o poder cairá nas mãos de outra ratazana, não é novidade a ninguém que o PMDB e os supostos sucessores estão todos encalacrados em falcatruas, propinas, desvios de dinheiro e toda sorte de bandidagem.
Por parte dos Militares há uma frouxidão nunca antes vista, tudo não passa de rumor ou ameaça não cumprida, isso pode-se notar em 15 de março, falaram, disseram, ameaçaram e depois se enclausuraram nos quartéis. Muita conversa, nenhuma ação, pelo contrário, em caso de golpe comunista é capaz de defenderem os golpistas, dar proteção.
As manifestações são só fiascos, ninguém chega a um senso comum, cada qual puxa para um lado, não faltando é claro as vagabundas que aproveitam o evento para mostrar as tetas e auto intitular-se Musa dos Protestos, Miss Manifestação, além de outras tantas que suam sangue para conseguir uma capa na PlayBoy ou Sexy, vergonha, baixaria.
Pois é, o Impeachment se faz necessário, todos sabemos das roubalheiras, mensalão, petróleo, e outras tantas operações deflagradas pela Polícia Federal com a PTralhada devorando o país, mas nunca estão sozinhos, sempre há uma legião do PMDB ou PP participando e levando o seu. Não adianta acabar com as baratas e deixar os gafanhotos no comando, seis por meia dúzia e como está fica, isso se não piorar, quem não lembra do Governo Sarney.
Correto seria uma intervenção, fechamento do Congresso, destituição Judiciário, apuração das roubalheiras, punição dos responsáveis e a convocação de eleições diretas já em 2016, desde o vereador até o Presidente, fazendo valer com rigor a lei do “Ficha Limpa” com todo o seu rigor, e, posteriormente uma nova Assembleia Nacional Constituinte, pois a Constituição que temos não suporta mais remendos e tanta perda de direitos aos cidadãos de bens com vantagens ao banditismo.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

NÃO FORAM OS R$0,20?



Por: Aurélio
Quem foi recebido no Planalto? Quem sentou a mesa de negociações e acertou um Plebiscito e a tal Reforma Política?
O MPL (Movimento do Passe Livre), só mais um entre tantos tentáculos da “Falange Vermelha”, considerando o preço do tomate a época, R$9,00 o km e sabendo que em média 6 tomates formam esse mesmo kg, nosso valor é de 7,5 brasileiros por um tomate. Calaram o furor das ruas, das manifestações e protestos sem foco, objetivo ou coordenação.
Quem encabeçou os movimentos? Um bando de mascarados que sequer mostram a cara, deixaram que baderneiros invadissem as manifestações e desestabilizassem ainda mais com vandalismo e quebra-quebra o que há era uma piada.
Qual a viabilidade de todo um país andar de graça em ônibus, metrô, trem, só faltam aviões, quem paga a conta, de onde vem os recursos?
O Gigante nunca acordou, sequer virou de lado em seu berço esplêndido, prova disso é que a candidata governista sobe nas pesquisas e já considera-se um segundo turno entre ela e outro a definir. Somos baratos, negociáveis e não nos valorizamos, sequer amor próprio temos, entre as manifestações haviam as exigência mais absurdas de que se pode ter notícia, como disse, uma piada.
Enquanto berravam pelas ruas, sem saber sequer o que queriam, meia dúzia de gatos pingados, aliados do Governo, sentaram a mesa com a “Presidenta” e decidiram nosso futuro, vergonha, palhaçada, e o Gigante dopado com Gardenal, distribuído gratuitamente nos postos de saúde.
Dorme velho guerreiro, teu povo não te merece, tua gente te envergonha, fique aí deitadinho, pois caso acorde de verdade morrerás de vergonha.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Siga-me e eu te darei…

(*) Marli Gonçalves – 
 …tudo, a luz, as estrelas, viagens, dinheiro… Acreditou? Do jeito que todo mundo anda atrás de algo ou de alguém a se apegar, nem duvido que tenha até chegado a imaginar as benesses que, infelizmente, não estão nem ao meu próprio alcance. A procura por líderes e ídolos para nos guiar, proteger, defender e ajudar continua a pleno vapor. Se antes de mim você encontrar algum ou alguém que valha a pena promete me avisar?
Vivemos procurando a tal luz no fim do túnel. A estrelinha Vésper no firmamento. A última garrafinha de água no deserto. O Mestre Supremo e o Senhor de todas as coisas. O Grande Orientador. Pior, também passamos a vida achando que os encontramos, até que um tranco qualquer, em geral alguma verdade, apareça e nos leve as ilusões, deixando-nos mais para baixo que bico de gaivota quando mergulha para pescar. E lá vamos nós em busca de novo, e de novo, acreditando nas promessas.
A necessidade de adorar e idolatrar, sei lá, imagino, não deve ser só da gente que é gente, pessoa. Conheço gatos e, especialmente, cachorros, que idolatram verdadeiramente seus donos, o que é visível em cada um de seus atos. Acho que a diferença é que nos animais esse amor é incondicional, e sobrevive até aos trancos de mau humor que possamos ter com eles, que sempre estarão lá, babando, abanando o rabo, se esfregando em nossas pernas. Será questão de memória? Temo que não, porque também conheço casos de animais que guardam a raiva de alguém até poder descontar, ou com uma bela mordida, ou com um bom arranhão.
Obviamente que esta semana andei rassudocando muito sobre tudo isso. Rassudocar? Quer dizer pensar, imaginar. Não sei se já é termo aceito, se é gíria, mas não tem palavra melhor para aquele pensamento que a gente fica remoendo, que vai e que volta, que praticamente dissecamos e cercamos até resolvê-lo por inteiro, ou mesmo esquecê-lo, o que também pode ser de repente, quando a cabeça é invadida por outro tema. Para escrever a gente rassudoca muito – creio que isso acontece com todos os escritores e cronistas.
Enfim, rassudoquei sobre a loucura que circundou a visita do Papa Francisco, definitiva e rapidamente eleito pelo Brasil como uma das pessoas mais legais, simples, simpáticas, corajosas e carismáticas de todo o mundo, de todo o Universo, quiçá. O que para um argentino, venhamos e convenhamos, também beira um milagre. Ele veio pronto a inspirar e colher essas paixões, ao falar e discursar, praticamente dizendo tudo o que queríamos ouvir, à exceção de “Fora Cabral”. Esperávamos por um líder, qualquer ser, que viesse nos ajudar com nossos perrengues nacionais e particulares.
Daí fiz uma listinha do que é necessário para ser ídolo nestes tempos atuais: dizer que compreende tudo, que está ouvindo as voz das ruas, dos jovens, dos protestos, coisa que não sei se vocês repararam virou mania nacional, mas já engolfada pela propaganda, a comercial e a política. Tem uma, de refrigerante (!), que fala até em “batedores de carteira honestos”, seja lá o que isso quis dizer. Até os partidos mais reacionários estão vindo com essa conversa fiada, mostrando imagens e sons dos protestos, e fazendo promessas com a cara candura de sempre. Sem mudar nada.
Não me admira que tantos ídolos fiquem pelo caminho, demonstrando ser feitos de barro, de ar, de vidro ou qualquer outro material de quinta, inclusive moral e eticamente falando. Não me admira que haja tanto desânimo e descrença, e aí reside o grande perigo de sempre: não existe o vazio; ele pode ser preenchido por qualquer coisa que tampe o buraco. Temos necessidade de ter ou ídolos, ou mestres, ou quem vá na frente segurando uma vela. Isso não tem jeito.
Vejo quem sofre porque o Lula, “Noço guia supremo”, os “traiu”. E também vejo quem fica até úmido quando o vê, e tampa os olhos, o nariz e os ouvidos de forma impressionante quando se apontam fatos irrefutáveis sobre seus desfeitos. Acontece. Tem quem se atarraque numa coisa e não largue dela nem para se jogar junto, do precipício.
Perdi tantos ídolos nos caminhos da vida que hoje os evito; talvez por isso perceba tão bem essa tendência a se enrabichar atrás de qualquer coisa. A diferença é que o povo também não tem nenhuma fidelidade e troca de amor sem nem trocar a camisa.
Estamos vendo isso na política. Sonhadores, por exemplo, pensando que Joaquim Barbosa é mesmo o Batman. Que a Marina chega lá. Ou que Luan Santana canta bem, e que tudo o que está acontecendo seria resolvido com a volta dos que já foram, mas ameaçam afiar unhas, ameaçando os que deixaram de venerá-lo, vendo sua verdadeira face.
Só que para combinar com o momento que atravessamos é bom lembrar que para muitos a idolatria é considerado um terrível pecado. Principalmente quando não há santo, nem para fazer milagres, nem para fazer promessas, muito menos para a gente ajoelhar.
São Paulo, onde só falta nevar, 2013
(*) Marli Gonçalves é jornalista – Estou aqui a cismar sobre qual será o próximo Mestre de todos os mares, quem será a Diva de todas as divas que aparecerá por aqui, embora pense que tão cedo poucos se aventurarão por essas plagas – de medo de ficar preso no trânsito, debaixo de chuva e com um monte de criancinhas para abraçar e beijar.
Tenho um blog, Marli Gonçalves, divertido e informante ao mesmo tempo, no http://marligo.wordpress.com. Estou no Facebook. E no Twitter @Marligo

 Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=72420

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Os bisbilhotados e os bisbilhoteiros

(*) Marli Gonçalves –
Fico imaginando que logo receberemos em casa um buquê de flores, podem até ser vermelhas, com um cartão perfumado e meloso e do qual brotará uma foto de nossa presidente sorrindo, perdoando nossas rebeldias, anunciando muitas medidas instantâneas, e até nos convidando para um cafezinho coado no Palácio
Cruz Credo? Melhor do que antes quando imaginava o Zé Dirceu dando palpite em tudo, aparecendo em todos os lugares e temia que, um dia, quando eu abrisse o box do chuveiro para tomar banho, ele já estaria lá dentro e sairia bradando alguma ordem, metendo o bedelho, sabendo de tudo. Agora deram para invocar com a espionagem e bisbilhotagem norte americana! Ó, surpresa! Ó, dó! Ninguém sabia disso. Nem imaginávamos, não é mesmo? Daqui a pouco vamos nos surpreender ao saber que os russos também nos ouvem, e nem combinaram com a gente, esses malvados.
E, como bons descendentes de portugueses que somos (eu sou, posso falar), vamos aproveitar e fazer uma CPI para futucar bem, investigar, gastar um pouquinho mais, afagar deputados e senadores, mudar o rumo da conversa que estava muito em cima de uma tal Petrobras, da Copa (e Olimpíadas). Aproveitamos para pisar e espalhar mais um pouco a coisa: divulgamos aos quatro cantos que nosso governo trabalha descoberto, que nem a presidente usa telefones especiais, que chanceler não fala com chanceler; nem escreve e-mail. Pelo menos uns cinco empresários que conheço andam totalmente blindados – de carros a telefones, muitos celulares, constantemente checados, criptografados, cromados. Já a presidente do país, não. Também! Já pensaram o custo de cuidar de 39 ministros e assemelhados? Comprar roupas que não sejam ternos xadrezes com gravatas tortas para os nossos disfarçados arapongas?
Como gosto de dar bolas à imaginação, imagino os ouvidos americanos tentando entender umas coisinhas que ouvem ou leem. Um homem do marketing governando, criando bondades embaladas e maldades engarrafadas para vender no horário nobre, tocar na Hora do Brasil. O ministro da Educação e o seu vasto bigode Mercadante falando só de política, de como vai ser promovido qualquer hora a papagaio de pirata chefe, como vai ferrar de vez os adversários ali ao lado. Gilberto Carvalho choramingando para o Lula (que só ele acha onde está) contando que está sendo maltratado, sem amor, ninguém para rezar com ele. O tal Cardozo Ardiloso da Justiça, mais perdido que bola de gude em dia de passeata, tentando saber se alguém sabe de alguma coisa porque ele precisa fazer cara feia e dizer que está tomando providências. Fora o coitado do americano que patrulha o Afif, meio confuso. Ué, ele não é vice-governador de São Paulo? Porque está ligando do Ministério? O gringo só vai poder rir quando ouvir a conversa da Dona Marta, marcando algum cabeleireiro, voo, manicure, prova de roupa, plástica, para se disfarçar de pedra. Quem, eu? Governo? Eu? Protestos. Ah! Quando eu assumir, junto com o prefeito de São Paulo, vou mandar verificar, rigorosamente.
Eu ficaria horas imaginando. Mantega, Padilha, Narizinho, Ideli… Alguém de vocês aí consegue imaginar como têm sido os dias de Dona Dilma, depois de descobrir que montou um governo de trapalhões? Um horror. Com um monte de gente na porta pedindo coisas, aproveitando as fraquezas e querendo pisar no pé dela e arrancar unha encravada a sangue frio. E a coitada tendo de ser simpática! Tomar decisões! E quando ela vai em algum lugar assim, digamos, mais cheio de gente, e que ouve aquele zumzumzum, com um som de Ú, constante? Ainda por cima, obrigada a andar arrumada, maquiada,penteada. Óculos, ela não precisa. As plaquinhas das ruas têm sido escritas com letras bem graúdas, caprichadas na clareza.
Essa semana, dizem, Lula desceu lá da África e baixou na casa dela. Será que ela viu que era ele, antes, pelo olho mágico? Porque o que ele deve ter dado de conselho, o chato, porque esse é outro que acha que é sobrenatural, sabe de tudo. Bate no peito: entende de um tudo, com uma percepção anormal, sensibilidade de peão, porque subiu na vida. Bom, precisaremos perguntar ao Obama sobre o que ambos conversaram, já que como dizem ele estaria especialmente interessado no Brasil.
Sempre achei o Obama um cara bem humorado mesmo. O que deve receber de informação engraçada! Rosimeire? Who? BNDES money, free? Renan Air? What? What? What?
Mas tem uma coisa que a gente não pode negar. O apego de Dilma a Lula só pode ser um sentimento lindo, aquele, e que podemos até aproveitar para festejar bastante agora, dia 20 de julho, o dia desta maravilha que é a amizade. Dia 20 é o Dia do Amigo. Daquele junto aos quais às vezes nos calamos para não perdê-los; relevamos, perdoamos. Amigo que deixa a gente muito aflito se não está bem. Amigo amigo, que é mais do que os milhares de amigos que temos feito por aí, nas redes e na nuvem, que adicionamos ou aceitamos. Embora saiba que às vezes muitos de nós temos amigos virtuais mais próximos do que os de carne e osso, porque de longe esses são sempre mais maleáveis como confidentes, dispondo só das informações que nós próprios lhes fornecemos.
Como eu sou boa, muito boa, pessoa boazinha, vou dar uma força para manter essa amizade que nos tem governado em dueto, o problema agudo é que com muitos graves. Dilma, não briga com o Obama, que não é hora. Fala com O Cara, não aumenta muito a pressão porque, sabe como são esses espiões americanos, gente ruim, podem começar a espalhar algumas das coisas que ficaram sabendo, ou que falam um do outro. E aí, amiga, quem vai ter que se explicar e rebolar é você.
Lembre que não era a voz rouca das ruas que estava sendo espionada. Tanto que surgiu e pegou todo mundo, literalmente, de surpresa. Vocês, com a boca na botija.
São Paulo, bom dia a todos os ouvintes, 2013
(*) Marli Gonçalves é jornalista – Amiga. Mas anda perdendo uns amigos por aí quando tenta mostrar que humor e bom senso é igual caldo de galinha: sempre faz bem e ajuda a pensar. Ficam com raiva. Eu sou da paz.
Tenho um blog, Marli Gonçalves, divertido e informante ao mesmo tempo, no http://marligo.wordpress.com. Estou no Facebook. E no Twitter @Marligo

 Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=71787

Sobre vândalos e comunistas

(*) Ipojuca Pontes – 
 Em 1866, numa carta destinada a Alexander Herzen, mentor do socialismo russo, Mikhail Bakunin (anarquista para quem Marx não passava de um “monte de esterco”), escreveu o seguinte: “Só a partir da associação entre marginais e estudantes se chegará à revolução”. E acrescentou: “Creia, meu bom amigo, sem a decisiva participação da ‘canaille’ não teria havido a queda da Bastilha nem a revolução de fevereiro de 1848, em Paris, com seus milhares de manifestantes incendiando as ruas, num quebra-quebra que terminou por forçar Luís Filipe à abdicação do trono”.
Já durante as escaramuças da Revolução Russa, em 1917, no trem que os alemães cederam a Lenin a fim de que ele desestabilizasse em S. Petersburgo o Império do Tzar, o bolchevique sifilítico instruiu seus camaradas para que incitassem sem amarras a ação dos marginais na turbulência das ruas, mesmo admitindo que o lumpenproletariat, como queria Marx, fosse uma escória desprezível (que depois tratou de fuzilar). Para Bakunin, sem a “destruição criadora”, só na base de discursos, manifestações e panfletagem as instituições do governo jamais desabariam.
Meio século depois, na Universidade da Califórnia, retomando o projeto encampado por Bakunin, Herbert Marcuse, integrante da Escola de Frankfurt, vislumbrou nos “outsiders” – e não mais no proletariado – a vanguarda revolucionária. Para Marcuse, marginais e estudantes, sob o estímulo do sexo, das drogas e do rock n’roll levariam os Estados Unidos à derrota no Vietnam e à ruína da sociedade industrial. Ele próprio um chincheiro de marca, gostava de afirmar que os marginais – os deserdados da sociedade moderna – representavam a “força da negatividade”.
Hoje, diante das intermináveis ondas de protestos que varrem o País, a “imprensa burguesa”, de um lado, vem aplaudindo as manifestações pacíficas dos que protestam portando cartazes, entoando cânticos e palavras de ordem, ao tempo em que condena a ação virulenta dos vândalos.
No caso do Brasil, não se vê manifestação pacífica sem quebra-quebra. Na massa heterodoxa que compõe as passeatas há de um, tudo: militantes engajados com o governo central, tais como o MPL, “vândalos” radicais oriundos do próprio PT e partidos de esquerda, desempregados, lupens, estudantes que não estudam nem trabalham, periféricos em geral. Sem a canalha incendiária, a sociedade (ainda que ignore, em transição acelerada para o comunismo) ficaria no ora-veja, subordinada à manipulação do poder.
O fato auspicioso (e surpreendente) é que em meio a essa massa heterogênea, prevalece nos protestos das ruas, em sua maioria, uma população oriunda da classe média, a se insurgir contra um governo arbitrário que se refina no roubo e na mistificação; um governo com objetivos totalitários, que se apropria de forma indecente da riqueza criada pela força do trabalho para sustentar partidos engajados, centrais sindicais corruptas, movimentos sociais perniciosos (tipo MST e afins), além de manter com benesses a corja da burocracia e legiões de parasitas alocados em estatais e ministérios fajutos. É a safadeza institucionalizada ao alcance de todos!
Em contraposição, via internet e suas redes sociais – instrumento virtual por enquanto livre do controle do Estado – centenas de milhares de pessoas indignadas encontram fôlego para protestar alto contra os métodos descarados de um governo que tritura a população indefesa.
No momento, dá-se o seguinte: diante da indignação geral, o irrefreável esquema de poder petista, tendo a terrorista Rousseff como porta-voz, propõe uma “reforma política” por meio de um plebiscito que tem por finalidade única elevar impostos, financiar com dinheiro público campanhas eleitorais, filtrar ideologicamente os candidatos em “listas fechadas” e agachar ainda mais o congresso nacional; em suma, uma reforma há anos defendida por Lula e sequazes com o propósito de estabelecer no País a apregoada “democracia direta”, sinônimo do mais deslavado comunismo.
De minha parte, entendo que o factível continua sendo apoiar a indignação das ruas, com todos os seus riscos e limitações.
PS – Milton Nascimento, que fala em javanês e diz coisas que ninguém entende, espera “Que essa movimentação toda (das ruas) não fique só em palavras”. O que quer essa figura enxundiosa? O povaréu enfrentando bombas e balas – e o confuso personagem só deitando falação.
(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.
 Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=71790

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A força das gerações

(*) Lígia Fleury – 
 Em 1932, os paulistas se organizaram em um movimento contra Getúlio Vargas, movimento esse originado nos estudantes que buscavam oficializar os limites dentro dos direitos e deveres do Presidente, com as devidas obrigações e limitações de cada poder.
Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo perderam a vida nesse movimento e tornaram-se símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932. São lembrados no estado de São Paulo ao menos uma vez ao ano, no feriado de 9 de julho.
Os jovens têm uma força enorme , principalmente quando, em grupo, unem seus interesses em favor da comunidade. Muitas vezes essa união pode ser ruim, como no caso das gangues, dos grupos rivais que se hostilizam por pré conceitos e utilizam a violência como a única possibilidade de ganhar uma causa. No meu entendimento, devemos lutar contra os preconceitos, nos valendo do diálogo e dos argumentos e, em hipótese alguma, recorrer à violência para que as desigualdades continuem existindo.
Por outro lado, o poder da união dos jovens engrandece o humano quando, de caras pintadas com as cores de um Brasil que grita por justiça, por qualidade na educação e na saúde, que brada por um fim à corrupção, saem às ruas em paz, tendo como arma cartazes, palavras de ordem como Educação, Saúde, Segurança. São armas que poderiam ser brancas se de fato cortassem o mal pela raiz, tirando do poder essa corja corrupta que dilacera cada brasileiro, que ri de cada um de nós quando, aos nossos olhos, se dizem que estão dentro da lei ao utilizar aviões da FAB para interesses próprios. Ou então quando justificam o injustificável, no caso da falta de educação, saúde e segurança, os pilares de qualquer sociedade bem formada.
Ouçamos esses gritos: não há, em nenhum deles, algo que desonre um cidadão. São pedidos de socorro por um mundo melhor. São jovens que, conscientes de seus direitos de cidadãos, buscam pela realização dos mesmos desejos: um país menos corrupto, um país que forme pessoas e profissionais capazes de viver com dignidade. Em nenhum momento esses manifestantes pedem bolsa isso ou bolsa aquilo. Pedem decência.
Nesse movimento, o que há de baderna e violência é fruto de pessoas má intencionadas, de baderneiros que vislumbram manter no poder a sujeira e a inoperância dos mal intencionados que ali estão e que, provavelmente, custeiam suas ações violentas e inescrupulosas. Jogo sujo!
Esses jovens são os filhos dos jovens que já percorreram esse mesmo caminho, pedindo por eleições – Diretas Já -, ou pelo impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello.
Nossa reflexão precisa focar nos resultados. Qual o resultado das Diretas Já? Eleger quem nos representa é um ganho, não há dúvida. Porém, um povo que não recebe educação, que não tem escola é um povo que não é estimulado a pensar, a questionar, a comparar. Deu no que deu: o povo elege quem está na mídia do povo, ou seja, elege quem não tem competência parlamentar, quem está na mídia popular oferecendo agrados em forma de “bolsa de tudo um pouco”. Temos que escolher quem nos representa, mas mais do que isso,precisamos fazer chegar ao povo as informações corretas, para que possam escolher com os próprios critérios e não pelos interesses alheios.
Conseguir o impeachment foi um grande feito! Mas vê-lo senador é um tapa na cara dos que saíram às ruas por um país menos corrupto.
Então, se bradamos por Educação, Saúde e Segurança, temos que ter clareza de que o que está por trás desse clamor é um país justo, digno, de cidadãos honrados em seus direitos e cumpridores de seus deveres.
De nada adiantam mediadas paliativas. Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo não merecem que nos contentemos com o imediato. Se faltou planejamento aos jovens das Diretas Já e aos do Impeachment, que não nos falte novamente; que essa geração não pare de exigir seus direitos e de exercer suas obrigações.
Há um longo caminho a ser percorrido. Serão anos de trabalho honesto, de sabedoria parlamentar para se arrumar esse imbróglio no qual transformaram nosso país. Mas o jovem tem força. Precisa, também, perseverar e saber o que fazer com os resultados, positivos ou não, para que a Missão Maléfica que Dilma Construiu com seu antecessor e equipe, não substitua o brio dos nossos jovens que há muito lutam por um país decente.
(*) Lígia Fleury é psicopedagoga, palestrante, assessora pedagógica educacional, colunista em jornais de Santa Catarina e autora do blog educacaolharcomligiafleury.blogspot.com.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Por que nossa Educação vai mal?

(*) Lígia Fleury – 
 Por “veses”, chego a acreditar que li errado uma notícia ou que houve engano do repórter ao relatar algum dado. Mas quando confirmo a “verassidade” dos fatos, lamento não ter havido lapsos da equipe de reportagem; seria mais compreensivo e até hilário.
Meses atrás, após ouvir, fui conferir e então pensei comigo mesma: a luta é muito maior do que se imagina.
“Analizadas” por uma equipe qualificada para tal, as redações do ENEM com nota máxima, apontam erros ortográficos. Não importa se é a troca de uma letra, o uso do xis ou do ss; são erros e demonstram falta de conhecimento, principalmente quando se repetem.
Nas escolas, cobramos dos alunos que escrevam corretamente. Desde pequenos, aprendem a “utilisar” dicionário. Alguns professores criam estratégias fantásticas para significar regras de acentuação, de concordância. Cobramos nas produções, nos registros das atividades que os alunos escrevam corretamente, lógico!
E, de repente, os erros em um concurso – sim, o ENEM é um concurso, pois notas são atribuídas e os resultados podem favorecer o “ingreço” em muitas Universidades/ Faculdades -, podem acontecer sem que haja uma notificação do corretor? E o resultado final é a nota máxima?
Como insistir junto aos alunos para que escrevam corretamente?
O uso constante da internet já traz novos desafios para a aprendizagem correta da nossa língua, já que a linguagem nos sites de relacionamentos é diferente da oficial, da regulamentada por regras ortográficas e gramaticais. É um outro código, com regras próprias.
Não duvido que alunos comecem a questionar professores sobre a importância de escrever corretamente; podem sentir-se autorizados ao erro, não podem?
O verbo estar já tem outra forma: Eu to, Tu tás, Ele , Nós tamo(s).. e agora nem precisamos mais escrever com a ortografia correta, pois não representa grande importância no momento de uma avaliação?
Ensinar para quê? Cobrar o quê? Cobrar para quê?
Educar está cada vez mais difícil. Seria tão fácil se todos os educadores cumprissem a premissa básica do ensinar, que é possibilitar a aprendizagem do aluno. E não se ensina o erro, muito menos se incentiva ao erro.
O Brasil é um país com uma extensão territorial enorme; dividido por regiões, hábitos e costumes singularizam os habitantes nas características de alimentação, vestuário, linguagem.
Uma palavra cotidiana do Sul pode nem ser conhecida no Nordeste e vice-versa, mas ambas seguem regras ortográficas da língua portuguesa; isso não é uma variável. Assim como as concordâncias nominal e verbal.
Então não é admissível que se aceite o erro da escrita. Não resolve criticar profissionais que mal sabem fazer uma petição, uma prescrição, uma anotação, se a própria Educação desqualifica o escrever corretamente.
A literatura exigida nos vestibulares- clássica e contemporânea- não ensina erros ortográficos; os livros didáticos e paradidáticos também não. Então, por que aceita-los em concursos?
No país do jeitinho, até errar a escrita da primeira língua é permitido?
Não se trata de ser retrógrado ou ser antenado. Trata-se de educar e ensinar o correto.
E foi necessário essa imprudência educacional vir à tona para que o órgão responsável tomasse uma medida cabível, como se isso não fosse de seu conhecimento antes de se tornar notícia. Por sorte, temos a imprensa ajudando a população a conhecer os problemas e as soluções desse imenso Brasil.
Salve-se quem puder!
Para os que se importam – espero eu que a imensa maioria – e também para os que não se importam, a grafia correta das palavras em negrito:
Vezes – veracidade – analisadas – utilizar – ingresso – Eu estou – Tu estás – Ele está – Nós estamos
(*) Lígia Fleury é psicopedagoga, palestrante, assessora pedagógica educacional, colunista em jornais de Santa Catarina e autora do blog educacaolharcomligiafleury.blogspot.com.

 Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=71345